Às vezes vivo
Às vezes morro
De medo
Bem cedo
Do dia.
Vivo para germinar
Vivo para vegetar
Não murmurar.
Caio num buraco
Viro caco
Dentro do abismo
Do pior labirinto
Não minto
Mas sinto
Que viverei
Ou morrerei
- É claro!
Morro de sede
Uma vontade doida de água
Que não existe mais
E meu solitário rim
O meu cofre
Sofre.
Na guerra da vida
Hei de curar a ferida
A qual me deixou assustado
E um pouco retardado.
Quero viver
Para te ver
Antes de morrer
Nessa linguagem ambígua.
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