sábado, 26 de setembro de 2020

VIVER OU MORRER

 







Às vezes vivo

Às vezes morro

De medo

Bem cedo

Do dia.


Vivo para germinar

Vivo para vegetar

Não murmurar.


Caio num buraco

Viro caco

Dentro do abismo

Do pior labirinto

Não minto

Mas sinto

Que viverei

Ou morrerei

- É claro!


Morro de sede

Uma vontade doida de água

Que não existe mais

E meu solitário rim

O meu cofre

Sofre.


Na guerra da vida

Hei de curar a ferida

A qual me deixou assustado

E um pouco retardado.


Quero viver

Para te ver

Antes de morrer

Nessa linguagem ambígua.




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