sábado, 26 de setembro de 2020

CAMBALEANDO IGUAL BÊBADO

 








Vou lá

Venho cá

Caio

Levanto

Caio

Ergo-me

Caio

Vomito

Durmo

Acordo

Com

Ressaca

Crudelíssima.


Bebo de novo

Falo baboseira

Esculhambo inocentes

Apanho das gentes

Sou negligente

A ponto de deixar 

Meus filhos

Famintos

Revoltados.


No bar

Jamais falta pinga

Ela pinga

Pinga

Pinga

Pinga

Em meu paladar

E não posso dar

Sequer uma moeda

Ao meu caçula

Pra comprar

Pirulito

E chupar.


De madrugada

Saio perambulante pelas ruas

Pareço mais um lobisomem

Não um homem

Dono de família

Que tem responsabilidade

Na cidade.


Tão ébrio

Perco a carteira

Perco o resto de dinheiro

Para o assaltante

Que me acha cambaleante

E distante.


Na realidade

A bebida alcóolica me deixa sempre em outro estado

E assim fujo covardemente da realidade

Passo a ser palhaço

Um pseudoator

Um infrator.


O melhor de tudo é que...

Estou vivo

Com chance de mudar

Pra melhor

E não irei me acabar

Por aí

Nas calçadas sujas

Da vida.



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MEDO DE MIM MESMO....

  Olho-me no espelho fico espantado tão assustado. Corro para o quintal olho-me em outro espelho e lá vejo o mal. Repito a olhada do espelho...