Vou lá
Venho cá
Caio
Levanto
Caio
Ergo-me
Caio
Vomito
Durmo
Acordo
Com
Ressaca
Crudelíssima.
Bebo de novo
Falo baboseira
Esculhambo inocentes
Apanho das gentes
Sou negligente
A ponto de deixar
Meus filhos
Famintos
Revoltados.
No bar
Jamais falta pinga
Ela pinga
Pinga
Pinga
Pinga
Em meu paladar
E não posso dar
Sequer uma moeda
Ao meu caçula
Pra comprar
Pirulito
E chupar.
De madrugada
Saio perambulante pelas ruas
Pareço mais um lobisomem
Não um homem
Dono de família
Que tem responsabilidade
Na cidade.
Tão ébrio
Perco a carteira
Perco o resto de dinheiro
Para o assaltante
Que me acha cambaleante
E distante.
Na realidade
A bebida alcóolica me deixa sempre em outro estado
E assim fujo covardemente da realidade
Passo a ser palhaço
Um pseudoator
Um infrator.
O melhor de tudo é que...
Estou vivo
Com chance de mudar
Pra melhor
E não irei me acabar
Por aí
Nas calçadas sujas
Da vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário