De alguns meses pra cá
Esqueci de mim mesmo
Não sei mais quem sou
Nem sei mais onde estou
Em meio ao aperreio da vida
Perdi meu próprio espaço
Vivo escasso
Pisando em escaço
O tempo todo.
Queria demais voltar para mim
Aprender de novo a me estudar
Entender quem realmente sou
Deixar de viver alienado
Igual um abestalhado
Que fica com a boca escancarada
Esperando a sorte chegar
Esperando a morte ceifar.
Quisera eu poder me investigar
Planejar um autoexame
Deixar de enxame
Aquilo que me consome
A fome
O nome
Que
Some.
Preciso que alguém apresente o meu eu
Para mim mesmo
Enquanto a amnésia permite
Senão serei sempre esse robô
Que roubou
A mentalidade
A intelectualidade.
Não me conheço mais...
Almejo voltar a me reconhecer
Sei que devo retornar
O mais rápido possível
Farei o impossível
Quando vem o vento forte
Quando vem a tempestade
Com gosto de sangue
No paladar.
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