São nove da manhã
Avisto a neblina
Avisto a neve
Tão leve
Que desce.
Olho pro topo
Enxergo um gavião
Sentado no toco
Tentando fisgar o pardal
Todo inocente.
Atiro uma pedra para baixo
Ela vai quebrando a vegetação
Ela vai arrastando o meu coração
Rumo ao norte
Onde reside
Uma das coisas mais lindas
Que já pude presenciar.
O sol esquenta mais e mais
A nuvem desaparece
Meu cérebro te esquece
Então me arrisco
Pulo do ápice da montanha
Caio num lago de água cristalina
E sujo a retina.
Volto para mim
Entro em meu ser
E vejo que viajei no pensamento
Num momento
Ao olhar pra montanha.
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