Amo livros
Defendo-os
Com unhas e dentes
Na minha estante
Que está esbarrotada.
Uma casa sem livros
É como um corpo sem alma
- Calma!
Quem lembra da Queima de livros numa praça em Berlim?
Não ou sim?
Eu me lembro
Quando em dez de maio de mil novecentos e trinta e três
Vinte mil livros foram queimados
Sem o direito de serem questionados.
- Por que entrei nesse assunto?
Porque os livros viraram "presunto"
Fumaça ou cinza
E o mundo ficou alheio
Totalmente caladão
Sem reação.
- Cuidado!
Tal crime deve ser evitado
E tem gente por aí querendo suprimir palavras
Depois livros
Depois pessoas
Nós.
Fiquemos de antenas ligadas
Sejamos vaga-lumes
Com as lâmpadas acesas
Para não sermos as próximas presas.
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