Fecho a porta do quarto
caio na cama
o maior drama
dos últimos anos
que já enfrentei.
A solidão é a única companhia
alguém toca a campainha
não atendo
faço-me de mudo
quer dizer: surdo.
Tranco-me para o mundo
permaneço só por dias
ninguém me satisfaz
e jamais
fiquei assim
a ponto de chorar tanto.
O telefone toca
desligo-o
fico alheio à vida
dói a ferida
no interior
a dor
é demais.
Nada me alegra
a sós me escondo
surge um maribundo
pareço vagabundo
fugitivo da justiça
da polícia
mas... não sou
Deus me livre.
Até Deus ausentou-se de mim
sinto o vazio
o vácuo
e vem um vento frio
ele vem do norte
bole com a sorte
porém continua a solidão
do coração.
Não sei se suportarei
é difícil viver sem pessoas
tenho medo das leoas
não gosto da selva
gosto da relva
que acaricia meu ego
aqui em Bragança.
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