Deito-me
Fecho as duas janelas
Tranco os dois olhos
Começo a pensar
E agendar
Na mente.
Vêm milhões de pensamentos
Uns de Abel
Outros de Caim
Alguns de Adão
E Eva.
Tento pensar pouquinho
Lá surgem mais novecentas faíscas
Os neurônios fabricam
E urgentemente
Descontrolo a mente.
Em meu silêncio
Nada pronuncio
Apenas imagino
Escrevo algumas linhas
Acerca das rainhas
Depois me perco cabalmente
Enlouqueço a mente.
É sério
A gente não consegue controlar o cérebro
Quando se deseja digitar o mundo inteiro
Riscar o isqueiro
E tocar fogo em todos os papéis
Dando vaga à biblioteca digital
O poder virtual.
Quisera eu estacionar
Sair do congestionamento
Trair o pensamento
Porém não dar
Não posso fazer isso
Não sou maluco
Sou quase.
Esvazio-me dez mililitros
Depois de amanhã estarei jorrante
Derramando-me todinho
À procura de calor humano
Para me esquentar
Antes do afoguetar.
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