O leitor nem vai acreditar
No que vou te contar
De ontem à noite
Na hora de dormir
O sono apertou
Pus o colchão
No chão
Da cozinha
Onde corre vento
Então abri a janela do pensamento
Adormeci
Sonhei
Ronquei.
De madrugada acordei com o piso tremendo
Imaginei que fosse um abalo sísmico
Pensei ser um cruel terremoto
Pensei em dar no pé de moto
Pois tremi também de medo
Era muito cedo
Pra despertar.
De repente...
Abriu-se uma brecha no chão da cozinha
Algo começou a sacolejar o colchão
Quis brigar com as placas tectônicas
Minhas parentelas atônitas
Até que me acalmei
Esperei
Para ver.
Era uma gigantesca anaconda
Que dormia
Que se espreguiçava
Que de lado virava.
De manhãzinha
Contei tudo pra mãezinha
E descobri
Que foi apenas sonho
Graças a Deus.
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