O tempo vai passando
Ele vai apressado
Ele vai voado
Ele foge de mim
Ele não diz sim.
O tempo não me espera
Minha alma se desespera
Corro igual louco
Tento apanhá-lo
Portanto me atraso
Depois me arraso.
O tempo não tem dó de mim
Parece ter ojeriza de mim
Ele quer ser inimigo
Mas quero ser seu amigo
Quando vou ao trabalho
Quero que me quebre um galho
Esperando-me dois minutos.
O tempo esconde-se
Ele evita minha presença
Ele acelera os ponteiros do relógio
Faz o sol se avexar
Enquanto fico doidinho
Como logo o pãozinho
Para não perder o metrô.
O tempo ri da minha cara
Quando vejo o transporte passando
Meu peito batendo forte
Falta de sorte
Penso na morte.
O que deverei fazer a fim de agradar o tempo?
Eu preciso dele
Dependo dele
(...)
Acho que vou pegar o tempo pelas pernas
Dar um presente, ou seja, algumas lanternas
Para que torne-se meu companheiro
Nas horas incertas.
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