Acabei de visitar o Pobrecito
Coitado!
Tão sofrido
Passa fome
O corpo some
Só o couro
E os ossos.
Pobrecito possui os olhos fundos
Sente calafrios profundos
Engole a saliva
Não come nada
Parece esqueleto
À procura de galeto.
Nem sei como Pobrecito consegue ainda ficar de pé
Deve ter alguma porção de fé
Consome vento
No pensamento.
Ninguém ajuda o Pobrecito
Mas na hora de pedir voto pro plebiscito
Eles chegam de mansinho
Prometem até um dinheirinho
E depois nunca mais aparecem.
Pobrecito está desidratado
Coitado!
Anda cabisbaixo
É baixo
Rebaixa-se
Agacha-se
De faminto
- Não minto.
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