Amei meu cachorrinho durante um mês
e ele se foi
levando um pedaço de mim
para sempre.
Aqui em casa
a sala virou um deserto
ele não late mais por perto
e eu... choro.
Almejo fazer cócegas na barriguinha seca dele
todavia reina o vazio
a saudade que me aperta
e fico alerta
como se o bichinho fosse ressuscitar.
Ao chegar a noitinha
busco as orelhas graúdas de meu chorrinho
seus olhos imensos
e... nada.
Saio pelas ruas
as quais permanecem cruas
desde a partida de meu bebê.
A tristeza me arrocha
a solidão me acocha
então derramo outro rio de lágrimas
à procura de my dog.
Faria de tudo
para tê-lo outra vez
sentir seu corpinho quente e febril
em pleno abril
que se abriu.
Está sendo duro
viver sem meu olhudo
o mais belo orelhudo
que já pude conhecer.
Ainda que fosse carrapatento
eu queria está tão atento
ao seu rabinho balançando
pra lá
e pra cá.
Aproveitemos os seres vivos
pois após a morte
acaba-se a sorte
nasce o caos
(falta de gosto pela vida).
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