MENTE FÉRTIL

Minha mentalidade imagina a cidade azul
Imagina alguém vindo do sul
Depois um corpo, alma e espírito
Sem vida
Na lida.

Não quero que tu entendas
São apenas poemas singelos
Poesias escritas nas tigelas
Para serem lidas pelas tagarelas
Que pernoitam nas calçadas
Do inverno.

Enfrento a vida de antônimos
Escrevendo acerca dos Antônios
Das Antônias
Das Santônias.

Sou doido por vocábulos intricados
Mas... eles fogem de mim
Assim como sapinhos fogem da cobra
- Nojenta cobra!

A vida é efêmera
É tão marcante
Tão elegante
Mais que elefante.

Estou na terra
Depois no céu
Tomando mel
Enquanto ouço gritos
Do inferno
Lugar eterno
Onde o bicho nunca morre
E ninguém o socorre.

Quisera eu poetar mais uma vez para Deus
Com saúde
Com paz.

Pensando em alguém
Eu me despeço
Eu me apresso
Pois atrás vem gente.

Caso você não tenha entendido quase nada
É por que foi atendido o meu objetivo
De escrever algo incompreensível
Ou seja, indizível
- Certo?