Incendiaram a minha casa
Invadiram o meu quarto
O peito parto
O leito feriu-se.
Arrastaram-me pelos pouquíssimos cabelos
Afogaram meu rosto na lama
Sujaram a cama
De escamas.
Foi a pior dor
Ausência de amor
A esperança acabou
O vento a levou.
Mataram meu sonho
Assassinaram meu hábito de escrever
De digitar
De riscar.
O crime foi cometido pelo sujeito oculto
Ou melhor, o sujeito indeterminado
Tão desconfiado
Isolado.
Hoje não passo duma alma penada
Totalmente acabada
Cheia de feridas.
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