São dezoito horas
o sol se despede
o medo aparece
a escuridão domina
o vento sopra a campina
voa o galo-campina
ouço um canto agourento
tão nefasto
e me afasto.
É a música da coruja
a canção da rasga-mortalha
o canto ominoso
o canto da mãe-da-lua
que quase nua
assombra o povoado
o menino assustado
que não dorme
não prega o olho
de medo.
Dizem que...
quando ouve-se o canto da coruja
no dia seguinte morre alguém
e ninguém
é pego de surpresa
pois a bichinha deu o aviso
- Pra que esse riso?
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