Deito-me em minha cama quentinha, confortável, macia...
Estiro-me sobre o colchão
Alivio o coração
O meu pulmão
E o pezão.
Sobre a cama aconchegante
Eu não consigo dormir direito
Rolo pra lá e pra cá
A consciência pesa
A alma reza.
Lembro dos outros tipos de camas
Lembro de quem dorme por cima das lamas
Lembro de quem cochila nas gramas
Carregando toneladas de dramas.
Penso na dormida das prisões
As camas de cimento
As molas dos colchões
As más intenções
O rancho de ladrões.
Imagino o momento de pegar no sono
Do menino de rua
Que dorme no papelão
Junto ao pulgão
Ao ratão
Ao lixão.
- Agradeça a Deus pela sua abençoada cama!
Ela tem fama
Sempre terá.
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