Outrora eu... era tão ingênuo
passava longe de ser gênio
assim do jeito do Eugênio
que é inteligente
bem criativo
bem ativo.
Outrora
não era como agora
que penso em ir embora
deixando a aurora
onde a gente mora
com minha nora.
Outrora eu... fui mui imbecil
agia sem pensar duas vezes
perdia os doze meses
sem ganhar dinheiro
devia ao senhor Pinheiro
Uns cinco salários mínimos.
Outrora
não me traz saudade alguma
quer dizer... apenas uma
do dia em que escrevi uma poesia na prancheta mental
depois fui internado no hospital
em estado terminal
em coma.
Outrora eu... era menos feliz
pois dependia dos outros para comer
pedia esmolas para beber
e me humilhava nas mesas dos ricos
a fim de tampicos.
Outrora
eu pegava uma sacola
saia vendendo vidrinhos de cola
e meu sapato de mola
andava léguas
à procura da clientela
em Santa Quitéria.
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