Poucos se importam com a importância duma caneta
Mas eu dou atenção a cada uma que acaba
Pois elas me ajudam a escrever sobre a cabra
Então sinto-me realizado
Totalmente conformado.
Ao comprar a caneta
Investigo as cores azul, vermelho e preto
Daí chego perto
E o vendedor dar um sorriso
Dar o desconto de dez por cento
Apanho o ônibus
Deixo o Centro
Da capital
Sem capital.
Chegando em meu lar
Começo a riscar
Uma linha
Duas linhas
Nove linhas
E as galinhas
Cacarejam
No galinheiro
Do quintal.
Enquanto escrevo usando as canetas virgens
Ponho o bocal na boca
Embora seja falta de higiene
Porém copiei tal mania da Luciene
Amigona do Curso de História da Faculdade.
Cada caneta que chega ao fim
Deixa-me a saudade
Sem falar naquelas que se estouram
Outras que falham
Fazem greve
E em breve
Irão à lixeira.
Se eu fizesse coleção de canetas finadas
Já não teria mais espaço
O local seria escasso
Apertado
Acanhado.
Mais uma caneta se foi...
Tudo tem final
Ponto final.
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