- Quem sou eu para narrar sobre o corpo alheio?
Como posso me atrever a ponto de digitar sobre o corpo do Edu?
Qual lei me permite adentrar ao histórico do corpo do Eduardo?
O corpo do Eduardo foi velado na casa de minha família
O corpo do Eduardo foi sepultado no mesmo cemitério do saudoso papai
O corpo do Edu jaz nas terras pertencentes aos parentes de meu pai.
Jamais esquecerei do corpo do Eduardo com cheiro de formol
O velório em um espaço apertado
Meu coração disparado
Em meio a multidão.
Ainda bem que o corpo dele não morreu num desastre, num acidente
Mas sim de doença
A morte natural
Tão fatal.
Tenho autoridade para contar a você acerca do corpo do Eduardo
Pois ele era meu irmão mais velho
Morava em Porto Velho
Partiu há seis anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário