sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

TOPADA NA PEDRA

Ia na vereda estreita
Era uma vereda cheia de urtigas
E ouvia as cantigas
Das jaguatiricas.

Num abrir e fechar de olhos
Tropecei numa pequena pedra
A ponta do meu dedão do pé voou
O sangue jorrou
Meu coração desmaiou.

Abro um parênteses...
Vi a importância de andarmos ensapatado
Para evitar topada
Depois ter a alma dopada
No hospital.

No instante da topada
Lembro-me de ter esculhambado a pobre pedra
Só não a chamei de coisa boa
Praguejei
Amaldiçoei
Suei.

Agora admito a minha horrível ignorância
Tá vendo que... a pedra é um ser inanimado...
Ela não sabe de nada
Ela ficou conformada
Permaneceu fixada.

Nós seres irracionais
É que precisamos ter cautela
Precisamos ser pacientes com a cadela
Imagine com a rocha
Que nem se bole do lugar
Nem sabe se desculpar.




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MEDO DE MIM MESMO....

  Olho-me no espelho fico espantado tão assustado. Corro para o quintal olho-me em outro espelho e lá vejo o mal. Repito a olhada do espelho...