Faz tempo que não visito a minha biblioteca
Pois sou alérgico à poeira
E estou sem máscaras
Para estudar Bhaskara.
Sabe o pozinho que mora no interior dos livros?
Pois bem...
Ele é meu inimigo número um
E me proíbe de examinar algum
Volume.
Subo a escada
Chego perto da porta da biblioteca
Toco o trinco
Brinco
Porém volto
Com medo da poeira
Das teias
Das aranhas.
Caso eu adentre
Espirrarei vinte e oito vezes
O nariz escorrerá
Minha paz sofrerá.
Prefiro ler virtualmente
Executando a mente
Que faz germinar a semente
De repente.
Morro de dó da minha biblioteca
Que vive sozinha
Ela faz uma carinha
De tristeza
De solidão
De precisão.
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