quarta-feira, 18 de outubro de 2017
EXISTÊNCIA
Enquanto eu existir
Você verá meu corpo
Verá meu rosto
Com gosto.
Enquanto eu existir
As pessoas verão meus passos
Verão meus traços.
Enquanto eu existir
O mundo ouvirá minha voz
Dialogando com a foz
Do rio Waskofrajocys.
Enquanto eu existir
As nações saberão de mim
Saberão que fui um curumim
Do sertão nordestino.
Enquanto eu existir
Haverá refrão
Haverá pendão.
Enquanto eu existir
Respiro ar
Admiro o mar
E o luar.
Quando eu deixar de existir
Você não precisa mentir
Diga a verdade
Não sentirás saudade
De quem virou barro
De quem virou alma
De quem calou-se
Não mais rimou
Se desanimou
Parou.
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