quinta-feira, 31 de agosto de 2017
PARÁ
Pra quem não sabe
Pará é um estado brasileiro
Situado na região norte
Capital Belém
Famosa Santarém
Abaetetuba
Itaituba
Cametá
Marabá
Bragança.
Pará produz castanha
Pimenta-do-reino
Lá eu treino
Jiu-jítsu.
A terra do cacau
A terra do Castanhal
Do igarapé
Onde banho o meu pé
Como se fosse na maré
Comendo bombom embaré.
Quando viajo rumo ao Pará
Lá escrevo
Escrevo
Escrevo
Escrevo
No relevo
Pois não posso parar
De digitar
De inventar
De imaginar.
VISUALIZAÇÃO VIETNAMITA
Bastante feliz
Por deparar-me com os olhos vietnamitas
Correndo sobre as veredas poéticas
Tão éticas
Às vezes frenéticas.
As pupilas vietnamitas
São poderosas ao lerem versos
Diversos.
Topo com rostos vietnamitas
Localizados no Sudeste Asiático
O pessoal simpático
Que aproveita segundos
Para ler
Reler.
Falta-me sons bucais
Para expressar a emoção
De coração.
Quisera eu cantar uma canção
Como forma de gratidão
Ao povo do Vietnã
Fã
Afã...
De dar um abraço apertado
Em cada um.
Esqueçamos da Guerra
Aplaudamos à Terra
De gente campeã:
Vietnã.
A MENSAGEM DE QUEM LARGA CRISTO
Quem deixa de servir a Cristo
Quem abandona Cristo
Saiba disto:
"Você envia a mensagem de que não é bom viver com Jesus".
Cristo prometeu salvar aquele que for fiel até o fim
Salvar aquele que sempre diz que sim
E não aquele servo covarde.
Quando alguém se desliga de Cristo
Diz que Ele é insuficiente
Diz que Ele não transforma a mente
E o pecador continua perdido.
Um dos louvores da Shirley Carvalhaes fala que...
"Viver sem Cristo é coisa de tolo"
E o nome do desviado
É riscado
Do rolo
Do rol
Do livro da vida.
Resumindo...
A mensagem de quem larga Cristo
É mesmo que dizer assim:
Não foi bom na presença de Jesus
Não vi a luz.
Inversamente falando...
A mensagem de quem se gruda a Cristo
É mesmo que dizer assim:
É gostoso permanecer na presença de Jesus
O qual me libertou na cruz.
SINTA-ME AGORA AONDE VOCÊ ESTIVER...
Sinta minha voz sussurrante
Expressando em seu ouvido esquerdo:
- "Como tu és elegante!"
Sinta meus braços
A te agarrar
A te apertar.
Sinta meu pé direito
Roçando no teu pé
Quente igual café.
Sinta minha mão
Tocando a palma da sua
Que sua.
Sinta meu peito
Batendo forte
No seu que diz: Aceito.
Sinta meu perfume
Que suavemente te procura
E te cura.
Sinta meu olhar
A te encarar
A te admirar.
Sinta minha alma
Colada a sua alma
Forever.
Sinta-me agora aonde você estiver
Pois estou te sentindo
Aqui no amor infindo.
Expressando em seu ouvido esquerdo:
- "Como tu és elegante!"
Sinta meus braços
A te agarrar
A te apertar.
Sinta meu pé direito
Roçando no teu pé
Quente igual café.
Sinta minha mão
Tocando a palma da sua
Que sua.
Sinta meu peito
Batendo forte
No seu que diz: Aceito.
Sinta meu perfume
Que suavemente te procura
E te cura.
Sinta meu olhar
A te encarar
A te admirar.
Sinta minha alma
Colada a sua alma
Forever.
Sinta-me agora aonde você estiver
Pois estou te sentindo
Aqui no amor infindo.
DEVEMOS RESPEITAR A CULTURA ALHEIA
Quem sou eu para criticar a cultura alheia?
O que tenho a ver com a vida de quem gosta de comer areia?
Por que falar mal da mulher que imita a sereia?
O que posso fazer se você detesta ceia?
Como devo me meter no cotidiano de alguém que evita calçar meia?
Devo respeitar os costumes dos outros
As tradições
Os tipos de alimentações
As intenções
Os corações.
Engraçado que tem gente que exige respeito a sua cultura
E desrespeita a cultura alheia
Fazendo o papel de cara-de-pau
O lobo mau.
Devemos aceitar o vestuário das demais pessoas
Elas podem gostar de tangas
Podem usar roupas sem mangas
- E daí?
Sou o gostosão?
Quero que engulam meu hábito
Mas odeio seu hálito?
Quando a lei dar a liberdade de expressão
Ou a liberdade de religião
Ou de habitação
Devo entender que há uma democracia ou igualdade de direitos
Para mim
Para ti
Para todos.
Sou amparado pela lei
Você também é
Nós somos.
Se gosto da cultura de germes
Você adora os vermes
Então mutuamente nos damos bem
- Obrigado!
Precisamos deixar a ignorância de lado
Respeitar o vestuário mexicano
Respeitar o índio que despreza pano
Respeitar o traje da japonesa
E da chinesa.
Por não entender a cultura alheia
Estar aí o mundo em conflito
O maior atrito
Tolo
Bobo
Bruto
Rude.
EVITO SER SONSO
Evito ser dissimulado
Prefiro ser humilhado
Ou angustiado.
Evito ser astuto
Prefiro ser matuto
Assistindo Naruto.
Evito ser velhaco
Prefiro ser caco
Ou macaco.
Evito ser sonso
Prefiro ser manso
Ou zonzo.
quarta-feira, 30 de agosto de 2017
DESENHANDO URANO
Já que não posso tocar o corpo do planeta Urano
Daí desenho
Mostro empenho.
Pego o lápis
Risco
Rabisco
O semblante de Urano.
Procuro desenhar a face
Os olhos
As narinas
As lamparinas.
Tento desenhar a frieza de Urano
Porém não consigo
Pois escorrego no gelo
Dói meu pelo
De frio
E rio.
Meu sonho é colar Urano aqui no papel
Quando não posso abraçá-lo
Nem esquentá-lo.
Desenho os anéis de Urano
Os satélites
A magnetosfera
A esfera
Bela.
Urano é uma bola bastante bonita
A ponto de ser difícil
De desenhá-la
De encará-la.
- Ah! Se te pego Urano!
Amarraria você a mim
A mim te grudaria
O gigante gelado
Colado.
Como não posso tê-lo fisicamente
Desenho Urano
Todo ano.
CINCO DA MANHÃ
O despertador toca
Cinco da matina
Corro pra cantina
Lanchar
Depois trabalhar
Pra me sustentar.
O relógio bate
Cinco em ponto
Tomo espanto
Pulo da cama
Tiro do peixe a escama
E você diz que me ama.
O locutor repete:
São cinco da manhã
Bom-dia
Pra tia
Pra vovó
Pra Totó
Para todos ouvintes.
São cinco da manhã
Vontade imensa de cochilar mais
Só que preciso de muitos reais
Pois tenho que encher a pança
Tenho que deixar de ganância
E ser feliz
Do jeito que eu sempre quis.
O trem apita
Sei que é o das cinco
Ele não se engana
Desperta-me
Alerta-me
E tomo banho
Tomo café
Vou ao meio de ganho
De boné.
Chego da labuta
Tento descansar
Começo a abrir a boca
Caio no sono
De repente
O despertador toca de novo
Cinco da manhã
Hora de as mangas arregaçar
Hora de lutar.
Quando são cinco da manhã
Dar vontade de ser rico
Dar vontade de não lavar o penico
Prosseguir roncando
Igual o patrão
Que despede o peão
Que vira ladrão.
Cinco da manhã
Juro não murmurar
Não quero ser mandão
Não quero ser patrão
Quero ser eu mesmo
Eu mesmo.
CÍCERO: HOMEM DE POUCAS PALAVRAS
É melhor ouvir do que falar
Pois falando a gente erra mais
E ouvindo aprendemos mais.
Conheço um sujeito calado
Ou melhor: Caladíssimo
Parece mudo
E miúdo.
Ele fala quase nada
Pouco fofoca
Pouco fala de foca
Adora tomar coca
E engolir pipoca.
O indivíduo não fala nada
Ainda que o belisquemos
Ainda que um brinde prometamos
Ele continua estátua.
Pense num túmulo
Ele é um cúmulo
Um acúmulo.
Estou me referindo ao homem de poucas palavras
O Cícero
O qual se comunica com o seu caráter
Ao invés de falar o que não se deve
Faz greve
De fonemas
Da voz.
Pois falando a gente erra mais
E ouvindo aprendemos mais.
Conheço um sujeito calado
Ou melhor: Caladíssimo
Parece mudo
E miúdo.
Ele fala quase nada
Pouco fofoca
Pouco fala de foca
Adora tomar coca
E engolir pipoca.
O indivíduo não fala nada
Ainda que o belisquemos
Ainda que um brinde prometamos
Ele continua estátua.
Pense num túmulo
Ele é um cúmulo
Um acúmulo.
Estou me referindo ao homem de poucas palavras
O Cícero
O qual se comunica com o seu caráter
Ao invés de falar o que não se deve
Faz greve
De fonemas
Da voz.
LEVADO PELO VENTO
Estou sendo levado pelo vento...
Vento de mudança
Vento de herança
Vento de confiança
Vento de esperança
Vento de bonança
Vento de aliança.
O vento me leva...
Ao espaço
Ao passo
Ao laço
Ao março
Ao paço
Ao terraço
Ao traço.
Levo-me pelo vento...
Suave
Grave
Na nave
Na trave
No entrave
No conclave
No táxi driver.
Assim o vento vai me levando...
Sobre os montes
Sobre as fontes
Sobre os horizontes
Sobre os continentes.
Sou levado pelo vento...
Teimoso
Silencioso
Delicioso
Dengoso
Carinhoso
Manhoso
Fanhoso.
segunda-feira, 28 de agosto de 2017
AINDA ESTOU NA METADE DA VIAGEM...
O leitor Jaime Lourenço Mendes da Fonseca
Juntamente com sua noiva Milena Barbosa Nunes
Fizeram-me uma indagação
A qual mexeu com o centro da minha emoção.
O casal quis saber se eu estou perto de parar os poemas
Ambos disseram que já se esgotaram os temas
Daí só me resta uma expectativa de the end.
Enchi os pulmões de oxigênio
Fundo respirei
Expirei
Inspirei
Para responder
E não me esconder.
Disse pra eles que...
Ainda estou chegando na metade da estrada
A viagem é longa
E revelei uma bomba:
- "Somente pararei de escrever quando utilizar todas as palavras do dicionário Aurélio".
O casal de pombinhos fez o gesto com os olhos
De assustados, surpresos...
Todavia bateram palmas
Por que pensavam que eu estivesse prestes a sumir do mapa
E jamais poderiam ver meu e-book ou a capa.
Não devemos fazer julgamentos premeditados
Pois logo de início pensei que os leitores desejavam me ver estagnar
E logo descobri que torciam por me ver no ar
(Risos).
O PODER DA MENTE ME DEIXA ATÔNITO
Minha mente está aqui na sala de casa
Paulatinamente vai se saindo
Aos pouquinhos sai pela rua
Anda o bairro todinho
À procura
Da cara tua.
Minha mente caminha pela cidade onde vive
Depois dar uma voltinha pelo campo
Fotografa o pirilampo
Visita outro estado
Em seguida Barbados
Vai aos Emirados
E fica saudável
Amável.
Minha mente mexe
E remexe...
Minha mente vai à lua
Vai a Netuno
Aproveita o outono
Senta-se no trono
Brinca com os anéis de Saturno
Namora dezoito satélites
Depois se dirige ao norte
O ecossistema da sorte.
Minha mente possui um poder extraordinário
Um poder quase inexplicável
Quando passeia pela Terra
Sobe ao céu
Depois faz guerra
Com o réu
Lá no inferno
Lugar eterno.
A sua mente também é poderosa
É engenhosa
Deixa-nos atônitos
Deixa-me afônico
E não sou egoísta
Pra achar que somente eu possuo o poder mental
(Todos nós temos).
ASSOMBRAÇÃO
Deitei-me para dormir
Fechei os olhos
Não dormi
Abri os olhos
Vi uma mulher alta usando vestidão
Bateu mais forte meu coração
Veio medo
Olhei pro relógio
Eram quase três da madrugada
Então tirei a vista da assombração
Ela desapareceu.
A mulher fitava o olhar seguro em mim
Ambos os olhos pareciam chamas de fogo
Eles não se mexiam
Meus nervos é que se tremiam
Pois jamais vira tal ser
E não morava nenhuma figura feminina lá em casa.
Tal mulher aparecera única vez para mim
Não sei o que ela queria
Só sei que sua boca era lacrada
Minha alma amedrontada
Minha noite sufocada.
Depois conversando com alguém
Soube que talvez... a assombração fosse um guia
Um orixá
Que algo queria me avisar
Antes do dia raiar
E eu tomar o chá.
Passei algumas noites dormindo mal
Pois tinha a impressão de vê-la outra vez
Porém já se foram sessenta meses
E acho que qualquer coisa é trabalho da mente
A qual é fértil como semente
E às vezes engana a gente.
PESSOAS QUE NUNCA ENRIQUECERÃO
Porfírio é um senhor que trabalha numa fábrica de calçados
Há mais ou menos oito anos
Ganha o salário
Enche o armário
Olha o calendário
Mas quando vai ver
Gastou mais do que o ordenado.
Karla é uma vendedora de cosméticos
Que vende bem
Mas vive sem...
Ou seja, não tem reais
Não tem cem
Não tem vinte
Pois quando recebe o bolão
A dívida é superior no balcão.
Luciano é motorista de ônibus
Ele recebe o pagamento mensal
Logo percebe que existe algo anormal
Quando a conta da bodega é superior ao que ganha
Em seu emprego
E ficou tão surpreso.
Miriam é dona duma lanchonete
Ganha até um bom dinheirinho
Porém é esbanjadora
E gasta mais do que o lucro
Depois fica aí de luto
Dizendo que sua grana morreu.
Gilson recebe na empresa novecentos e sessenta e três reais
Mas quando cai em si
Está devendo o dobro
Na mercearia
Na drogaria
Na lancheteria.
Enquanto tais pessoas gastarem maior valor do que seus salários
Não haverá prosperidade
Não haverá riqueza
Mas pobreza.
Elas precisam de planejamento
Precisam de entendimento
Precisam economizar.
sábado, 26 de agosto de 2017
HUGO LUTA CONTRA O ANGIOMA
Há dois anos que Hugo batalha contra um tumor no cérebro
mas é um caroço benigno
ainda bem
que não é maligno.
O neurocirurgião afirmou que Hugo
tem o tumor que é formado pela proliferação de vasos sanguíneos
o qual precisará ser retirado
completamente cortado.
Hugo tem somente vinte anos de idade
precisou trancar o curso da faculdade
para realizar exames
e tratamentos
com medicamentos.
Quantas vezes o rapaz desmaiou em locais públicos
mas ninguém sabia o motivo
alguns diziam ser o problema emotivo
outros falavam em epilepsia
outros diziam...
Sei que havia tanto blá, blá, blá...
O angioma teimou em nascer exatamente no território da memória
bem no ambiente da razão
da interação.
A mãe de Hugo sofre juntamente
ela chora
ela implora
ao Sistema Único de Saúde
o qual nada responde
por que está falido
precisando também de ajuda.
GÊMEOS ENGRAÇADOS...
Acho tão bonito o número onze
os gêmeos idênticos
e autênticos
Sou fã dos gêmeos vinte e dois
os dois patinhos na lagoa
são interessantes
importantes.
Os gêmeos trinta e três
são demais
sempre querem mais.
Quarenta e quatro são gêmeos felizes
sem deslizes
deslizam.
O que falar dos gêmeos cinquenta e cinco?
Tão unidos
vivem reunidos
na numerologia.
Lá vêm os gêmeos sessenta e seis...
Pulando pela rua
dão fé da lua...
Olha só os gêmeos setenta e sete!
A idade da vovó Bete
vovó paterna.
Oitenta e oito são os gêmeos maduros
eles subiram em muros
nos tempos escuros.
Chegou a vez dos últimos gêmeos
isto é, noventa e nove
que fazem festa
quando chove.
Depois dos gêmeos 11, 22, 33, 44, 55, 66, 77, 88 e 99
aí vêm os trigêmeos 111, 222, 333...
os quais já fazem parte de outra história
de outro século
que não citarei agora
mas...
simplesmente eu quis
despertar sua mente
plantar a semente...
REPTO
Estou chegando à realização do objetivo
O qual merece o melhor adjetivo
O melhor aperitivo.
Foi lançado o desafio
E por um fio
Não caí
Cheguei aqui
Ali.
Estou me aproximando dos mil textos
Do jeito que eu te prometera
E jamais cometera engano
Ou ludíbrio.
Sei que alguns espíritos de Lúcifer
Tentam me barrar
Mas não vou me escorar
Na parede
Da muralha
Canalha.
Desde o primeiro poema que produzi
Que venho revelando o meu intuito
De criar mais de mil poesias
Sobre heresias
Sobre maresias
Sobre azias.
Sinto-me um escritor quase realizado
Repito: Qua-se...
Pois ainda faltam alguns grãos
Para preencher corações.
O qual merece o melhor adjetivo
O melhor aperitivo.
Foi lançado o desafio
E por um fio
Não caí
Cheguei aqui
Ali.
Estou me aproximando dos mil textos
Do jeito que eu te prometera
E jamais cometera engano
Ou ludíbrio.
Sei que alguns espíritos de Lúcifer
Tentam me barrar
Mas não vou me escorar
Na parede
Da muralha
Canalha.
Desde o primeiro poema que produzi
Que venho revelando o meu intuito
De criar mais de mil poesias
Sobre heresias
Sobre maresias
Sobre azias.
Sinto-me um escritor quase realizado
Repito: Qua-se...
Pois ainda faltam alguns grãos
Para preencher corações.
QUANDO EU ERA GAGO
Quando eu era gago
sofria demais
a mangoça
na palhoça.
Quando eu ia comprar salsicha
dizia assim:
- Quero sallllsiiiixaaaaa!!!
E o rapaz do caixa segurava-se para não rir
para não debochar.
Na sala de aula passei vexame no momento da leitura
eu dizia dessa maneira:
- Vaaamos leeeer o priiiimeiiiiroooo paráaaaagraaafoooo...
E todos os colegas davam gargalhadas
horríveis palhaçadas.
Depois fiz o tratamento com a fonoaudióloga
com a psicóloga
venci o obstáculo
hoje falo bem
graças a Deus.
sofria demais
a mangoça
na palhoça.
Quando eu ia comprar salsicha
dizia assim:
- Quero sallllsiiiixaaaaa!!!
E o rapaz do caixa segurava-se para não rir
para não debochar.
Na sala de aula passei vexame no momento da leitura
eu dizia dessa maneira:
- Vaaamos leeeer o priiiimeiiiiroooo paráaaaagraaafoooo...
E todos os colegas davam gargalhadas
horríveis palhaçadas.
Depois fiz o tratamento com a fonoaudióloga
com a psicóloga
venci o obstáculo
hoje falo bem
graças a Deus.
- O QUE VOCÊ ACHA DESSE CONSELHO?
Celina pôs o dedo na minha cara e disse:
- "Se eu fosse você não escreveria tantas besteiras
Tantas asneiras
Para divulgar...
Você se expõe ao público
Com tais disparates
E nem se toca do perigo
Pois nem todo mundo é amigo
Existe uma porrada de inimigos
Daí toma cuidado..."
As palavras de Celina soam em minha mente há quase dois meses
Foram fonemas poderosos
Eles foram perigosos
A ponto de...
Sabe... eu... pensei sim em... parar de escrever
Mas... pensei também nos meus galantes leitores e leitoras
Os quais nunca me reclamaram
Nunca minha atenção chamaram.
Quando lembro dos vocábulos da Celina
Vem o desânimo
Aí lembro dos leitores
Vem o ânimo.
Opine!
- O que você acha desse conselho?
Corro me olhar no espelho
E volto a escrever.
- "Se eu fosse você não escreveria tantas besteiras
Tantas asneiras
Para divulgar...
Você se expõe ao público
Com tais disparates
E nem se toca do perigo
Pois nem todo mundo é amigo
Existe uma porrada de inimigos
Daí toma cuidado..."
As palavras de Celina soam em minha mente há quase dois meses
Foram fonemas poderosos
Eles foram perigosos
A ponto de...
Sabe... eu... pensei sim em... parar de escrever
Mas... pensei também nos meus galantes leitores e leitoras
Os quais nunca me reclamaram
Nunca minha atenção chamaram.
Quando lembro dos vocábulos da Celina
Vem o desânimo
Aí lembro dos leitores
Vem o ânimo.
Opine!
- O que você acha desse conselho?
Corro me olhar no espelho
E volto a escrever.
TOTALMENTE PERDIDO NUMA FOLHA DE PAPEL ALMAÇO
Veio-me à lembrança de certa vez quando a professora Vera
Pediu-me para escrever dez linhas
Ou seja, uma redação sobre as galinhas
As quais gostam de ciscar
E de bicar.
Quando a tia Vera me entregou a folha de papel almaço
Confesso que surgiu a vontade de dar-lhe um belíssimo amasso
(No papel... Não leve pro mundo da maldade...)
Fiquei perdido igual cego em meio a tiroteio
A folha transformou-se na grande São Paulo
As linhas eram os bairros
E tropeçava eu nos carros
Sem saber aonde ir.
Peguei o lápis
Peguei a caneta
Tentei rabiscar
Tentei rascunhar
Só que nada saía.
Errei o suficiente para passar a borracha
Passar corretivo
E era teste para o final de ano letivo
Por isso veio-me o maior nervosismo
O medo de chegar em casa
Pegar castigo
Ao receber nota baixa.
Faltavam apenas quinze minutos para terminar a prova
A mestra Vera quis ver o que eu escrevera
Então escondi a lauda com as mãos
Ela teve de tomar uma decisão
Isto é, tomou a folha contra a minha vontade
E disse que faltava-me responsabilidade.
Dona Vera pensava que fosse fácil redigir
Se ainda hoje me perco no país da escrita
Imagine naquela época
Quando eu agia sem refletir
Sem sentir...
O leitor deve entender a mensagem
Sabe o quanto é espinhoso narrar ou encher uma folha
A gente escreve
Apaga
Escreve
Borra
Apaga
Borra
Apaga.
Pediu-me para escrever dez linhas
Ou seja, uma redação sobre as galinhas
As quais gostam de ciscar
E de bicar.
Quando a tia Vera me entregou a folha de papel almaço
Confesso que surgiu a vontade de dar-lhe um belíssimo amasso
(No papel... Não leve pro mundo da maldade...)
Fiquei perdido igual cego em meio a tiroteio
A folha transformou-se na grande São Paulo
As linhas eram os bairros
E tropeçava eu nos carros
Sem saber aonde ir.
Peguei o lápis
Peguei a caneta
Tentei rabiscar
Tentei rascunhar
Só que nada saía.
Errei o suficiente para passar a borracha
Passar corretivo
E era teste para o final de ano letivo
Por isso veio-me o maior nervosismo
O medo de chegar em casa
Pegar castigo
Ao receber nota baixa.
Faltavam apenas quinze minutos para terminar a prova
A mestra Vera quis ver o que eu escrevera
Então escondi a lauda com as mãos
Ela teve de tomar uma decisão
Isto é, tomou a folha contra a minha vontade
E disse que faltava-me responsabilidade.
Dona Vera pensava que fosse fácil redigir
Se ainda hoje me perco no país da escrita
Imagine naquela época
Quando eu agia sem refletir
Sem sentir...
O leitor deve entender a mensagem
Sabe o quanto é espinhoso narrar ou encher uma folha
A gente escreve
Apaga
Escreve
Borra
Apaga
Borra
Apaga.
BLOGUEIRO
No passado
Nem sabia o que era blog
Nem sei se existia
Sabia o conceito de frog
Mas... Blog?
- Hum! Hum!
No presente
Sou blogueiro
Sou Interesseiro
No bom sentido
Amo navegar
Estrofes espalhar
Mas... Parar?
- Hum! Hum!
No futuro
Viverei no ambiente de blog
Estarei mais experiente
Digitarei acerca de dog
Exercitarei minha mente
Estarei ciente
Da vida
Mas... Desistir?
- Hum! Hum!
sexta-feira, 25 de agosto de 2017
O PESSOAL RECLAMA DE TUDO
Quando estou obeso
o povo mete a língua
e quando estou magro demais
o mesmo povo fala
que devo engordar mais
pois pareço esqueleto.
Se falo alto
o povão reclama
se falo baixo
o povão reclama
e me chama
a atenção.
Quando compro um carro zero
o pessoal desconfia da origem do dinheiro
e se pego um carro velho
dizem que sou miserável
pão-duro.
As pessoas criticam por que sou calmo
e as mesmas falam mal de mim
ao verem o meu palmo
que esmurra alguns rostos.
Dizem que sou besta
pois falo pouco em público
mas dizem que sou besta
quando alguém me engana
e deixo a confusão de lado.
Escrevo quase toda hora
por isso sou fanático
e se parar de digitar
sou ocioso
preguiçoso.
- Dar pra entender essas criaturas de nosso Senhor?
Ninguém escapa de suas bocas
bocas
loucas
roucas
moucas
não poucas.
MEDO DE MIM MESMO
Sou medroso
Tenho medo de mim mesmo
Apesar do medo ser falta de fé
Eu dou no pé
Fugindo de mim próprio
E fico escondido num envelope
Na grande megalópole.
Olho para dentro de mim
Tomo um susto
Haja custo
Haja medo
Do interior
E bem cedo
Sinto dor.
Olho o meu exterior
Falta amor
Que horror!
Rejeito
O meu jeito
De ser
Um ser
Humano
Quase desumano.
Olho bem dentro dos meus olhos
Vem o arrepio
Pio
Tenho medo
De meu olhar.
Estou sem medo das outras pessoas
Não tenho receio dos animais irracionais
Entretanto carrego medo individual
Que me faz mal.
Sinto medo de mim
Só que odeio covardia
Gente vadia
Que faz pouco da minha cara
E me encara.
DIA 29 DE FEVEREIRO
O vinte e nove de fevereiro só existe em anos bissextos
Em meus pretextos
Em meus textos.
O vinte e nove de fevereiro acontece nos anos divisíveis por quatro
Quando me deito no quarto
Pego a mochila
E parto.
Quando o ano não aceita a presença do dia vinte e nove de fevereiro
Nasce uma lacuna
Vem a dor da coluna.
Fevereiro sem o dia vinte e nove
É incompleto
Encoberto.
Quem veio ao mundo no dia 29 de fevereiro de dois mil e cinco
Fica sem bolo e velas na data do aniversário
Pois 2005 não é bissexto
Daí ninguém jogará presentes no armário
Tampouco no cesto.
A falta do dia vinte e nove de fevereiro em alguns anos
Chamou-me a atenção
E empurrou-me a construir essas linhas
De coração.
O LUCRO DE ESCREVER
Talvez alguém pense que escrevo para lucrar dinheiro
mas por enquanto escrevo porque amo
e muito mais ganho
amizades
de várias idades
nas cidades
pelo mundo afora.
Saber que duas pessoas leram meus singelos versos
já me faz lucrar
mais do que dólar
reais
euro
bitcoin
e outros.
Meu fôlego arde pela escrita
independentemente se receberei moedas
amoebas
(gelecas)
cédulas
ou nenhum cent.
Sei que tu já percebeste o quanto sou livre de ganância
e minha herança
chama-se escrever
ler
digitar
riscar.
Escrevendo lucro algo mais valioso que a grana
- Sabe do que se trata?
Leitores fiéis
os quais são mais essenciais do que ouro, anéis
diamantes
mansões
fama
(...)
ESTOU DE CASTIGO OUTRA VEZ...
Dia trinta e um do mês...
Encontro-me de castigo outra vez
Sem direito de olhar em teus olhos.
Queria entender o porquê de você ser tão difícil assim
A ponto de me negar um SIM
E fugir de mim...
Quisera eu poder te encontrar todo dia
Cantar uma melodia
Para te exaltar
Mas...
Sua ausência é o pior castigo
Pois viver longe de ti
Nem mastigo
E fico frágil...
Pense numa batalha tremenda...
Ter que enfrentar o sumiço semanal
Depois ficar mal.
A verdade é que você gosta de me sacrificar
Quando faz greve de presença
E me escraviza...
Quanta ofensa!
Mais uma vez de castigo
Sete dias sem limpar a vista
- Por favor! Me dar uma pista
De onde eu possa te avistar...
Assim que você aparecer...
Logo tirarei meus joelhos desses caroços de milho
Isto é, sairei do castigo
Pra viver eternamente contigo.
O BESOURO
- Você já viu um coleóptero?
Não!
Vixe!
Falo do besouro
Da cor de ouro
Louro.
- Você tem horror a besouro?
Eu corro do touro
Subo no morro.
Tem gente que saboreia farofa de besouro
Mas eu sou calouro
E detesto isso.
Ao invés de besouro
Prefiro couro
Depois o bebedouro.
O coitado do besouro
Foi direto pro "cheiro do queijo"
Foi pro matadouro.
Observo as antenas do besouro
Escuto certo agouro
E choro.
A madeira é roída pelo besouro
Porém é resistente como o juiz Moro
O qual enfrenta um enxame de abelhas.
- Que cheiro de besouro!
Aqui no Morro do Ouro
Onde tomo soro.
quinta-feira, 24 de agosto de 2017
SUA ALMA
Queria abraçar a sua alma
Queria conversar com calma
Queria admirá-la
Amá-la.
Seria prazeroso beijar a tua alma
Seria bom demais apertar a mão, a palma
E viver feliz.
Sonho em retirar a tua alma
Para que se ligue à minha
E suma de vez o trauma.
Hei de conhecer sua alma
Dialogar sobre a fauna
Sobre lauda.
Sei que amarei tua alma
Tão certo como um dia usei fralda
Eu confesso que...
Sua alma fica linda com grinalda.
Conversei com a Valda
A respeito de sua alma
Mais popular que esmeralda.
Não amarei a tua alma
Pois já a amo
Há mais de sete anos.
CALAFRIO
O ponteiro grande do relógio aponta para o número três
Três da madrugada
E ainda não grudei o olho
Pois estou sem sono
O meu dono
Chama-se calafrio
- Ai! Que frio!
Ou melhor dizendo:
Sensação de frio
De febre.
Sinto uma contração involuntária
Dos músculos voluntários
E tremo os lábios
Bato os dentes uns nos outros
Parece frio
Mas rio
Sem dar sequer um pio.
Percebo vultos que circulam por aqui
O medo que me cala
Sinto frio
Cala mais frio
Que resulta em calafrio.
quarta-feira, 23 de agosto de 2017
NOVO VISUAL
O novo visual
traz bem-estar físico
social
mental
e até espiritual.
Quando a gente corta o cabelo
por exemplo...
Surge uma coisa boa na alma
nasce uma sensação de calma
foge todo trauma.
Quando a gente veste uma roupa nova
a serotonina pula
ela festeja
ela almeja
a saúde física
a saúde do espírito.
O novo visual nos deixa mais rejuvenescidos
mais aquecidos
e aqueles momentos esquecidos
renascem
florescem.
Entendo que não estou falando grego
estou sendo claro
e com certeza
você já provou do prazer oferecido pelo novo visual
o qual produz paz interior
produz amor.
MALUCO POR UM MINUTO
Quem já se pegou sendo doido por um minuto?
- Eu já!
Aqui em meu lar.
Dizem que todo ser humano tem um minuto de loucura na vida
E acho que é verdade
Pois com sinceridade
Semana passada
Peguei a saboneteira
Para escovar os dentes
Como se fosse entrar na banheira
- Entende?
Ontem minha irmã caçula ficou doida procurando o cadeado
Para fechar o portão da frente
Dizendo que estava bem da mente
E de repente...
Avisei que o cadeado estava guardado na mão dela.
Meu tio Zé também ficou maluco procurando dez reais que perdera
Mas o seu filho disse:
- Papai, o senhor acabou de pagar no caixa com uma cédula de dez
E agora cisca no chão com os pés
À procura do dinheiro?
Hoje mesmo fui doido de novo por um minuto
Aqui em casa
Quando peguei um picolé
Para acender o fogo
E ver a fumaça sair pela chaminé...
terça-feira, 22 de agosto de 2017
FEEDBACK
Atiro risos para você aí do outro lado
Recebo risos de volta
E vai-se minha revolta.
O querido leitor envia-me otimismo daí
E retribuo também com otimismo
Com filantropismo.
Jogo informações na sua cabeça com formato poético
Você com jeito estético
Manda para mim.
Envio pergunta
Recebo resposta
Recebo proposta
- Aposta?
Ninguém sabe de tudo
Ninguém domina o conhecimento
Mas aprendo contigo
E você aprende comigo
Pois somos eternos amigos.
Quando aponto um dedo para ti
Outros apontam para mim
Dizendo sim
Ou dizendo não.
Estou preparado para o feedback positivo
Assim como para o negativo
Quando o diálogo é atrativo
E criativo.
FALTANDO TUDO...
Hoje me falta tudo:´
Água
Sono
Sonho
Sede
Rede.
Falta-me:
Oxigênio
Hidrogênio
Paz
Gás.
Está faltando:
Roupa
Louça
Polpa
Calçados
Assados.
Sinto falta de:
Saúde
Alaúde
Carinho
Carrinho.
Estou com falta de:
Sangue
Bumerangue
Amizades
Saudades.
Hoje me falta:
Calor
Amor
Dor
Odor.
Está faltando:
Chuva
Luva
Ideia
Alcateia
Colmeia.
Nunca pensei que faltasse:
Abraço
Mormaço
Aço
Pedaço.
Notei a falta de:
Compreensão
Atenção
Ilusão
Canção
Intenção.
Sei que falta:
Alimento
Divertimento
Vento
Unguento.
Hoje me falta tudo:
Olho
Molho
Voz
Foz
Audição
Locomoção
Tato
Olfato
Contato.
A INJUSTIÇA ATORMENTA A VIDA DO CASAL (VINICIUS E SOLANGE)
Vinicius e Solange são casados há quase duas décadas
Ambos dão um duro medonho para sobreviver
Fazem de tudo para o filho não perecer
Na fome
Na nudez
Na escassez.
Vinicius é um pai de família revoltadíssimo
Pois trabalha praticamente dia e noite
Com o intuito de sustentar a esposa e o garoto
E quando chega o dia de receber o salário
Não dar pra nada
A vida fica endividada
A conta pra pagar venceu
O dinheiro desapareceu.
Solange reclama da falta de creme dental
O menino diz que precisa de fita dental
Falta biscoito
Falta leite
Falta café
Falta boné.
Vinicius fica desesperado
Quando trabalhou que nem burro puxando carroça
Mas a grana mal deu pra pagar as dívidas
Então ele se maldiz
Ele desce o cacete no sistema
Ele lamenta o lema
Ele esculhamba os corruptos
Que roubam os cofres do povo
Roubam as cédulas dos impostos
Na maior cara de pau
Depois...
Querem que a população pague o rombo
(Parece piada).
Vinicius não se conforma
Esculacha os ladrões de colarinho branco e gravata
Põe a música do Bezerra da Silva em alto som
Ele não mede as palavras, o tom
E dar inferno pra toda cambada de gabirus.
Solange chora direto
Concorda em gênero e grau com o marido
Ela afirma que dói o peito em ter que pagar o roubo
Ela grita no meio da rua assim:
- Como pode?
Somos assaltados pelos demônios da corrupção
E depois temos de pagar sem condição?
Vinicius acredita que a maioria dos habitantes do povoado onde mora
(São Danúzio do Chapéu de palha)
Concorda com ele
De que deve-se evitar
Ou seja, não votar
Em rato
Mas sim...
Pôr veneno
Ou pelo menos
Ratoeira.
segunda-feira, 21 de agosto de 2017
SE EU PARAR DE ESCREVER... ADOECEREI...
[...]
Já tentei parar
quis me calar
deixar de digitar
abandonar a escrita
esconder-me na caverna
quebrar a perna
mas não deu certo
tornei-me incerto
fiquei incompleto
virei deserto
adoeci
quase morri
[...]
NASCEU SEM SORTE
Conheço uma pessoa que nasceu sem sorte
Ela parece a morte
Ela vive sem norte.
Tal pessoa é bastante feia
Digo isso... mas não tenho nada a ver com a vida alheia.
A coitada tem a voz enjoada
É fanhosa
É horrorosa.
A miserável nasceu cambota
Nem pode usar bota
Parece jabota.
Essa criatura é estrábica
E na prática
Sofre igual o pessoal da África.
O pior de tudo é que ela tem os dentes podres
E quando vai tomar água dos odres
Denuncia os moldes.
Tal figura nasceu totalmente sem sorte
Ela procura mudar o visual com novo corte
Porém o cabelo fica com uma feiura mais forte.
Ela não é bonita
Parece uma cabrita
Pulando na brita
Com seu cambito.
- Quanto contraste, my God!
Conheço outra personagem completamente o contrário
Isto é, mais importante que o meu salário
A fisionomia mais bela de todas
O símbolo da perfeição
A flor...
Que controla meu coração
O amor...
TODO MUNDO PROSPERA. POR QUE NÃO EU?
Wanderley questiona com a vida
O motivo de multidões prosperarem
E ele não
Não
Não.
Wanderley não aceita ser paupérrimo
Enquanto tantos outros nadam na grana
E descansam na cama.
Wanderley entende que não nasceu pra mendigar
Não nasceu pra se escravizar
Mas para prosperar.
Wanderley já tentou de tudo na vida
Só que tudo deu errado
Ele confessa seu pecado:
- Falta de perseverança.
Wanderley desiste facilmente
Ou seja, no primeiro problema ou dificuldade
Ele entrega os pontos
Diz que fica tonto.
Wanderley está mudando a mentalidade
Disse que vai ser otimista
Chega de ser pessimista
Vai dar uma de artista
Até mesmo frentista
E vai vencer.
Wanderley pensa grande
Vai comercializar no Rio Grande
Vai lutar até...
Enricar.
Wanderley deu um chute bem na traseira do negativismo
Agora enche o bolso
Com dinheiro grosso
Com euro
Com dólar...
sábado, 19 de agosto de 2017
AGOSTO: NÃO É MÊS DO DESGOSTO
O pessoal tem uma moda de dizer que agosto
É o mês do desgosto
E as coisas não dão certo
De maneira alguma.
Criaram tal preconceito relacionado ao agosto
E passam em rosto
Dizendo que é o mês do azar.
Mudemos a imagem do agosto
Ele é o mês do bom gosto
Ele é sinal de êxito.
A partir de agora
Proíbo o agouro dirigido ao agosto
Expulso qualquer encosto
O desgosto.
Declaramos: Agosto não é mês do desgosto
É mês do gosto.
Não entendo por que as pessoas preferem falar negativamente
Enquanto deixam de lado o poder da mente
Ou seja, poder de pensar positivamente.
Repito: Agosto é o mês do bom gosto
E jamais do desgosto
Do ruim mosto.
EMPRESTA-ME UM POUCO DE SABER...
Tenho uma prima chamada Núbia
Que vive na ociosidade
Vive na ansiedade
Ao redor da cidade.
A Núbia tem a mente desocupada
Diz que é culpada
De não ter estudo
Não ter escudo
Não ter profissão
Não ter diversão
E sucessivamente.
Mente desocupada
É oficina do diabo...
Já dizia o saudoso vovô Anastácio.
Voltemos ao assunto:
A Núbia vive me perguntando se...
Posso emprestar-lhe um pouco do saber
Para que escreva uma receita usando muçambê
Ou quem sabe uma redação falando de erê.
... Complicada a situação da prima
Quando nem sabe ler
Muito menos escrever
E me inveja...
O leitor pensa que destruo o sonho da Núbia?
Oh! Não!
Eu fiz o propósito de ensiná-la a ler
E só descansarei
Quando ver
Acontecer.
QUANDO EU ERA CRIANÇA JÁ ADMIRAVA OS ESCRITORES
Lembro-me como se fosse hoje
quando tocava no volumoso livro do conterrâneo Domingos Olímpio
(Luzia-Homem)
e pensava ser incapaz
de produzir alguma obra
acerca da cobra.
Sei que eu era inocente
quase nada tinha na mente
mas plantava a semente
ao ler as páginas áureas do sobralense
do cearense.
Mesmo menino do buchão
sonhava escrevendo milhões de romances
sobre lanches
sobre nuances
sobre lances.
Lembro duma vez que ganhei o livro "Helena" do Machado de Assis
e quis comê-lo
mas só consegui moê-lo
depois de duas quinzenas.
Por sorte os meus familiares profetizavam coisa boa a meu respeito
e diziam que eu seria escrivão
(eles se referiam a escritor, pois não tinham leitura)
daí ardia algo forte em meu peito
deitado no leito
criava cenas
letras
sílabas
frases
textos.
Eu fui um adolescente doido pelo "O Quinze" da Rachel de Queiroz
mas tive que enfrentar o algoz
o qual tentou me impedir
e tive que pedir
energias a Deus do céu.
Às vezes quero interferir no futuro de meu filho único Demóstenes
querendo obrigá-lo a ser escritor
só que ele diz:
- Papai, eu tenho cinco aninhos de idade
e quando ficar rapaz serei leitor
não escritor.
TERCEIRO OLHAR
Olho com o olho direito
Olho com o esquerdo
Perco o medo
E tento olhar com o terceiro olho
O qual nem todo mundo tem.
O meu olhar já é bem conhecido
O seu também
Mas... o terceiro olhar ainda é desconhecido
Devido o vocábulo "esquecido".
O meu primeiro olhar faz sucesso
O segundo imita
O terceiro cogita.
O seu primeiro olhar incentiva ao progresso
O segundo planeja
O terceiro almeja.
Nossos primeiros olhares são gigantescos
Nossos segundos olhares são famosos assim como a UNESCO
Nossos terceiros olhares são ainda frescos.
Certamente o meu terceiro olhar reside entre os outros dois
Porém não sou monstro
Não sou sonso
Tenho senso
Faço censo
Sou tenso.
Com auxílio do terceiro olhar
Consigo longe enxergar
Algo que você não é capaz
Pela ausência desse poder
De escrever
E antever.
O seu terceiro olhar está dormente
Mas... não está doente
A ponto de despertar
De triunfar
De acordar.
O terceiro olhar
Bate palmas para a vinda repentina do século XXII
E conclama a comunidade global à reflexão
À reunião
À união.
Sabe daquilo que ninguém ainda criou?
Pois bem...
O olhar de número três pode imaginar
Depois vai concretizar
O mundo abstrato
O contrato
O contato
O estrato
O pacto.
O terceiro olhar tenta te desembaraçar
Portanto a teia de aranha
Emaranha
E arranha.
Caso seu senso crítico proteste
Ou o senso comum deteste
Fique a vontade
Envie-me um e-mail
E bateremos cabeça juntos
Adjuntos.
Olho com o esquerdo
Perco o medo
E tento olhar com o terceiro olho
O qual nem todo mundo tem.
O meu olhar já é bem conhecido
O seu também
Mas... o terceiro olhar ainda é desconhecido
Devido o vocábulo "esquecido".
O meu primeiro olhar faz sucesso
O segundo imita
O terceiro cogita.
O seu primeiro olhar incentiva ao progresso
O segundo planeja
O terceiro almeja.
Nossos primeiros olhares são gigantescos
Nossos segundos olhares são famosos assim como a UNESCO
Nossos terceiros olhares são ainda frescos.
Certamente o meu terceiro olhar reside entre os outros dois
Porém não sou monstro
Não sou sonso
Tenho senso
Faço censo
Sou tenso.
Com auxílio do terceiro olhar
Consigo longe enxergar
Algo que você não é capaz
Pela ausência desse poder
De escrever
E antever.
O seu terceiro olhar está dormente
Mas... não está doente
A ponto de despertar
De triunfar
De acordar.
O terceiro olhar
Bate palmas para a vinda repentina do século XXII
E conclama a comunidade global à reflexão
À reunião
À união.
Sabe daquilo que ninguém ainda criou?
Pois bem...
O olhar de número três pode imaginar
Depois vai concretizar
O mundo abstrato
O contrato
O contato
O estrato
O pacto.
O terceiro olhar tenta te desembaraçar
Portanto a teia de aranha
Emaranha
E arranha.
Caso seu senso crítico proteste
Ou o senso comum deteste
Fique a vontade
Envie-me um e-mail
E bateremos cabeça juntos
Adjuntos.
TEM DIA QUE NÃO SAI NADA...
Interessante a vida de escritor
Pois tem dia que a montanha de ideias floresce
Mas tem dia que a inspiração nos esquece.
Ontem, por exemplo, catei assunto na cabeça
Revirei os neurônios
Briguei com os hormônios
Todavia nadinha saiu.
Hoje me vêm mais de seiscentas ideias
E preciso pedir que elas parem
Senão encherei todos os papéis do globo
Faminto igual lobo
Por escrita
- Acredita?
Outra vez ouso declarar:
A razão de adorar escrever
São vocês...
Lindos e lindas
Leitores
Leitoras.
Sem os olhos brilhantes de vocês
Não haveria nenhuma poesia
Mas monotonia.
Tem dia que balanço a cuca pra lá
E pra cá...
Não sai nada
Nem piada.
Tem dia que escrevo sem sabor
Sem saber
Escrevo sem sal
Escrevo anormal
Escrevo sem sol
E sinto a falta de interesse
Imagine os jurados
Os julgadores
Os doutores.
Coisa ruim é tentar digitar
Com falta de inspiração
De coração.
NAÇÃO UCRANIANA
É uma honra imensa
Poder compartilhar esse texto
Com o "celeiro da Europa"
Às vinte e quatro províncias
Oblasts
À república autônoma
Crimeia.
Com água na boca
Digito ligeiramente
Quer dizer: Lentamente
Para poder me expressar
Para poder abraçar
A nação ucraniana
A qual visualizou
Isto é, olhou
Algum verso.
Imagino a caixa craniana
Da nação ucraniana
Fervente
Inteligente
Ao ler
Quem ama escrever
Mesmo sem se ver.
Jamais poderia esquecer
De agradecer
A quem caminhou
Sobre as entrelinhas
Fazendo papel de estrelinhas
Que se mudam de lugar
No infinito espaço sideral.
- Como esquecer a Ucrânia?
Quando lá conheci o significado de pêssanka
Lá pude passear por Odessa
Com meu amigo Bill Bessa.
Sai de meu coração
Vinte e quatro palavras de gratidão
À nação ucraniana
Que comemora a Independência
Em vinte e quatro de agosto
Com gosto.
LOUCO LOUCO
Faço de tudo pra te apagar da mente
Junto os rascunhos no fogo quente
Ainda que eu tenha de morrer de saudade
Livre ficarei da ansiedade.
Fome não me falta pra te encontrar
Janto uma macarronada de moral
Antes de sair pra te observar
Leio um bilhete sobre coral.
Feliz estou por que tu ligaste
Já nem sei mais como me amaste
Agora busco o esquecimento
Lado a lado do aquecimento.
Fabrico um porta-retrato pra fixar
Juntamente contigo desejo flutuar
À altura mais superior
Longe do exterior.
Feitiço é o que você me traz
Jeito tu tens que me satisfaz
Atraindo-me aos poucos para si
Louco louco por ti.
Junto os rascunhos no fogo quente
Ainda que eu tenha de morrer de saudade
Livre ficarei da ansiedade.
Fome não me falta pra te encontrar
Janto uma macarronada de moral
Antes de sair pra te observar
Leio um bilhete sobre coral.
Feliz estou por que tu ligaste
Já nem sei mais como me amaste
Agora busco o esquecimento
Lado a lado do aquecimento.
Fabrico um porta-retrato pra fixar
Juntamente contigo desejo flutuar
À altura mais superior
Longe do exterior.
Feitiço é o que você me traz
Jeito tu tens que me satisfaz
Atraindo-me aos poucos para si
Louco louco por ti.
sexta-feira, 18 de agosto de 2017
AÇÕES LEGAIS
Deito-me no sofá da sala de estar
Coço o ouvido
Sou maluvido
E duvido
De tudo.
Estico a perna esquerda
Espirro o dobro de seis
Planejo o próximo mês
E ligo a rádio.
Raspo os queixos
Asso queijo
Beijo.
Passo perfume
Compro legume
Planto no estrume
O girassol.
Tanjo a muriçoca
Como paçoca
Entro na oca
Na Itaoca
Onde faço pipoca.
Eu me espreguiço
Chuto o bicho
Ponho o saco no lixo
Com feitiço.
Passo protetor solar
Chega o eclipse lunar
O sol vai raiar
Vai queimar.
Espremo as espinhas
Escrevo cem linhas
Estou sem estrelinhas
Estou com sono
E com fome.
ONTEM, HOJE E AMANHÃ
Ontem estive em Recife
Hoje estou num declive
Amanhã poderei estar no aclive
- Incrível!
Né?
Ontem estive doente
Hoje estou ciente
Amanhã talvez eu esteja no Oriente
Tão consciente
Calculando quociente.
Ontem fui rebelde
Hoje irei à sede
Amanhã comprarei lâmpada led
E escreverei o poema RED.
Ontem sorri
Hoje senti
Amanhã irei a ti
Para te dizer
Que vou escrever
Algo em sua homenagem.
Ontem viajei para saturno
Hoje preencho o turno
Amanhã serei diurno
Perto do muro
Escuro.
ARBOVIROSES
Cuidado com as doenças transmitidas por picadas de mosquitos
insetos esquisitos
os quais não têm dó
e podem te levar ao pó.
Previna-se contra as arboviroses:
Dengue
chicungunha
zika.
No mundo inteiro
a arbovirose que mais faz vítima
é a dengue
diferente de dengo
causada pelo mosquito aedes aegypti.
Evite deixar água parada
é o principal cuidado
para não ser infectado
devemos batalhar
o mosquito espantar
matar.
Cuidado com os arbovírus!
Eles não têm pena de ninguém
eles amam picar alguém
até apagar
matar.
EU ME CHAMO CHAMINÉ FUMACENTA
Meu nome é Chaminé Fumacenta
moro no interior duma fábrica de castanhas
tenho sim os olhos castanhos
tenho uns vinte e dois anos de vida
odeio confusão
libero perdão
facilmente.
Perguntam para mim por que não mudo de ramo
ou seja, por que não procuro fazer outra coisa que amo
ao invés de poluir...
Morro de vergonha quando me indagam sobre esse tipo de coisa
pois detesto gerar doenças nas pessoas
não gosto de espalhar mau cheiro para os narizes
nem acho bom sujar as nuvens e os chafarizes.
De tanto eu poluir o espaço
acabaram me dando esse nome de...
Chaminé Fumacenta
mas odeio
odeio
odeio.
Engraçado que a culpa só cai sobre o mais fraco
ou seja, ninguém vai reclamar do meu dono
mas toda culpa é minha
somente minha.
Até parece que pedi pra nascer chaminé...
Evidentemente eu queria ser um boné
pois não é acusado de nada
e vive uma vida confortada.
Ontem ouvi alguém dando a ideia ao meu patrão
para que ele venha a me demolir
e planeje construir
outra cousa em meu lugar
então me derramei
me lastimei.
Quer me ver angustiada?
Então passe na minha frente tapando as narinas
dizendo que causo fedor
e horror.
Sou a chaminé fumacenta
sou ciumenta
mas não jumenta.
LAGARTA DE FOGO
Lá vem a lagarta de fogo voada que nem locomotiva
Ela parece emotiva
Parece ativa
Mas perigosa
Desatenciosa
Quando sai
Queimando
Tudo
Até tubo.
A lagarta de fogo toca nas palhas secas de milho
Causa o maior incêndio do mundo
Queima a roupa do Raimundo.
A lagarta de fogo sobe no braço do homem peludo
Arde a pele como urtiga
Ele pega uma liga
Atira papel na bicha
Que nem se lixa.
O homem peludo tenta arrancar os pelos da taturana
Vai puxando um por um
E...
Grita "ai"
Quando um espinho fere seu dedo
- Que medo!
Sempre que vejo o casulo
Penso logo na metamorfose
Imagino a mosca que é o principal predador da lagarta de fogo
Construo a cena da vespa que deposita apenas um ovo
E finalizo com o soro antilonômico
Que é eficaz contra maranduvá.
Lá se vai a lagarta de fogo causar algum outro incêndio por aí
Ela vai acompanhada do carro de bombeiros
A fim de evitar tragédia
Quanta comédia!
Certo dia...
Dona Geraldina precisou de fósforo ou isqueiro para acender o fogão
E usou o fogo da lagarta de fogo para acender
Sei que... é difícil de compreender
Mas... aconteceu
Certo deu.
Toda vez que dou de cara com uma lagarta de fogo
Lembro do inferno
Das labaredas
Das veredas
Quentes.
quinta-feira, 17 de agosto de 2017
NO PORÃO
Foi no espaço entre o convés mais baixo e o fundo da embarcação
onde recebi inspiração para rascunhar
depois revisar
depois digitar
isso aqui.
Nunca desprezo sequer uma nódoa
uma mácula
um drácula
uma espátula.
Observo até um vento preguiçoso
um pivete buliçoso
uma virgem
uma vargem.
Foi no grande espaço estanque onde se arruma a carga
que veio-me o dom para poetar
logo divulgar
para você visualizar.
Juntamente com ratos, aranhas e demais insetos
carrego o meu olhar incerto
e estou certo
de que milhões me alcançarão
lendo as linhas
os ciscos das galinhas
das gatinhas.
Foi no porão onde cochilei, dormi, ressonei, sonhei...
E acordei...
Pensando em ti...
MUNDO VIRTUAL
Vivo mais feliz em meu mundo virtual
O mundo sobrenatural
O mundo no mural
Quase normal.
Quem diria que eu...
Algum dia viveria em um mundo virtual
Com minha cara de bacurau!
Há três décadas atrás
Talvez eu fosse leigo em relação a este mundo
Do qual vos falo
E não me calo.
Banho-me nas águas do mundo virtual:
Metaverso
Paraverso
Faço verso
Sobre o Universo
E perplexo
Escondo-me
Do real.
Meu mundo virtual oferecerá um banquete
Exijo sua presença
Sua ausência
Será afronta
Contra um escritor pequeno
E sereno.
quarta-feira, 16 de agosto de 2017
INFINITAMENTE NAVEGO NAS ÁGUAS DO CONHECIMENTO
O conhecimento é lindo
O conhecimento é infinito
O conhecimento é bonito.
Enquanto mais busco
Enquanto mais retiro da fonte
Mais o conhecimento se renova
E me prova
Que tem poder
De regeneração.
Fico minúsculo perante a grandeza da epistemologia
Até saio da monotonia
Grito pedindo socorro
Corro
Morro.
Às vezes tenho receio de nadar
E me afogar
Nas águas do conhecimento
Que vai além de meu entendimento.
Navego hoje
Amanhã abuso
Depois retorno
Ao colo do conhecimento
Que é polimento.
Estou preso ao conhecimento
Não pretendo me soltar
Quero saltar
Quero pular
Um degrau
Dois
Três
(...)
Acho que conheço algo
E de repente alguém humildemente sabe mais
Daí caio na realidade
Na simplicidade
Descubro que infinitamente navego nas águas do conhecimento
O meu alimento.
O conhecimento é infinito
O conhecimento é bonito.
Enquanto mais busco
Enquanto mais retiro da fonte
Mais o conhecimento se renova
E me prova
Que tem poder
De regeneração.
Fico minúsculo perante a grandeza da epistemologia
Até saio da monotonia
Grito pedindo socorro
Corro
Morro.
Às vezes tenho receio de nadar
E me afogar
Nas águas do conhecimento
Que vai além de meu entendimento.
Navego hoje
Amanhã abuso
Depois retorno
Ao colo do conhecimento
Que é polimento.
Estou preso ao conhecimento
Não pretendo me soltar
Quero saltar
Quero pular
Um degrau
Dois
Três
(...)
Acho que conheço algo
E de repente alguém humildemente sabe mais
Daí caio na realidade
Na simplicidade
Descubro que infinitamente navego nas águas do conhecimento
O meu alimento.
METENDO O CHICOTE
Conheço uma pessoinha ali que adora meter o chicote nos outros
mas não quer ouvir nada ruim contra si própria
apesar de ser a cópia
da senhora imperfeição.
Essa pessoa fala demais
percebe defeito
de todo jeito
na vida alheia
mas em si mesma não consegue enxergar.
Tal pessoinha precisa entender que antes de caluniar
antes de criticar
deve-se fazer uma lista de nossos pecados
os quais são inúmeros.
Olhe-se no espelho várias vezes antes de dedurar o próximo
pois alguém poderá
te detonar
também .
Anteontem vi a pessoinha metendo o chicote em alguém que teve deslizes
porém virou uma fera
ao ouvir das próprias falhas
das próprias batalhas.
É bastante fácil meter a peia numa criatura que caiu em fracassos
Só que meter o chicote em nós mesmos
- Há, há, há...
terça-feira, 15 de agosto de 2017
PEDIR PERDÃO
Como é difícil pedir perdão!
Como é difícil tirar o ódio do coração!
Na hora de pedir perdão
Vem a vergonha
A gente até sonha
Abraçando a vítima
Mas... na realidade
Nada acontece.
Cuidar de um leproso parece mais fácil
Do que pedir perdão
Ao nosso irmão
À nossa irmã.
Pedir perdão é espinhoso
Não é pra qualquer um
O culpado é teimoso
Não dar o braço a torcer.
Já passei a dor de precisar pedir perdão
Foi cruel
Amargo igual fel
E proíbe o céu.
Depois que o perdão é liberado
As cadeias, as prisões, as algemas são quebradas
As almas são aquebrantadas
E a inimizade envergonhada.
Como é difícil tirar o ódio do coração!
Na hora de pedir perdão
Vem a vergonha
A gente até sonha
Abraçando a vítima
Mas... na realidade
Nada acontece.
Cuidar de um leproso parece mais fácil
Do que pedir perdão
Ao nosso irmão
À nossa irmã.
Pedir perdão é espinhoso
Não é pra qualquer um
O culpado é teimoso
Não dar o braço a torcer.
Já passei a dor de precisar pedir perdão
Foi cruel
Amargo igual fel
E proíbe o céu.
Depois que o perdão é liberado
As cadeias, as prisões, as algemas são quebradas
As almas são aquebrantadas
E a inimizade envergonhada.
segunda-feira, 14 de agosto de 2017
DIGA NÃO
Quando algum elemento fizer um convite para o vício
Diga que isso é sinônimo de precipício
Diga NÃO
Em português
Ou no inglês
NOT
NO.
Diga NÃO para a violência
Para a doença
Para a negligência.
O preconceito, o racismo e a ignorância merecem NÃO
Pois corrompem os bons costumes
E passam os rostos em estrumes.
NÃO, NÃO, NÃO e NÃO
Para o egocentrismo
Para o cinismo
Para o terrorismo.
Diga NÃO
Ao escravismo
Ao charlatanismo
À corrupção
À decepção.
Quando te encontrares com o pecado
Com o indivíduo mal intencionado
Diga NÃO.
Crie coragem
Crie uma imagem
Diga NÃO
Ao demônio
Ao engano
Ao medo
Bem cedo.
Poluição?
NÃO!
Injustiça?
NÃO!
Exclusivismo?
NÃO!
Bestialidade?
NÃO!
É fácil dizer NÃO para o inferno
Para o ódio interno
O tabu
A guerra do sul.
CONFORMISMO ESCATOLÓGICO
- Quem já ouviu falar pelo menos uma vez em conformismo escatológico?
Caso não tenha conhecimento algum
Acalme-se
Pois vou tentar
Revelar
Explicar.
Por exemplo...
Alguém diz assim:
'"Ah! O mundo vai acabar mesmo
Então pra que evangelizar
Pra que almas resgatar
Se todos vamos morrer?"
Outro exemplo...
Alguém fala:
"Não vou mais orar pelo Brasil
Não tem mais jeito
Só tem mau sujeito
Todo mundo merece morrer com fuzil
E esse país vai mesmo um dia acabar
Vai se apagar".
O conformismo escatológico deixa o homem paralisado
Sem forças para lutar
Sem energias para buscar
Soluções
Resoluções
Achando que futuramente vem o julgamento.
Certamente virá o cumprimento da profecia escatológica
Mas... Por enquanto...
No tempo presente
Coloquemos na mente
Que não podemos parar
Precisamos agir
Precisamos nos movimentar
E não estagnar.
O conformismo escatológico deixa-nos egoístas
Faz com que não sejamos mais altruístas
E estacionemos.
SEUS RASTROS NO CEARÁ
Seria honroso para mim
Poder fotografar
Ou filmar
Os seus rastros
Os seus rastos
Grudados em solo cearense.
O Ceará ficaria mais famoso
Meu Estado ficaria mais gostoso
Caso você (leitor) deixasse seus vestígios
Registrados nas terras quentes
Nas poeiras áridas
Nas nossas mentes.
Seus rastros tatuados no Ceará
Trariam mais turistas
Muito mais artistas
Para conhecerem a beleza natural
E algo sobrenatural
Que você só pode descobrir
Pessoalmente.
Hei de observar suas pegadas
Em terras não molhadas
Terras amadas
Manchadas
Malhadas.
Quero ver o sinal
De que você passou por aqui
Querendo me sacudir
Para ouvir mais poesia
Acerca da parousia.
Seus rastros no Ceará
Trarão mais inspiração
Encherão meu coração
De emoção.
JESUS CRISTO DIZ: EU SOU...
Jesus diz assim:
Eu sou o caminho
Que te leva ao céu com carinho.
Jesus diz:
Eu sou o pão
Que alimenta a multidão.
Jesus diz ainda:
Eu sou a luz
Que reluz.
Jesus Cristo diz:
Eu sou a porta
Que se abre para quem comigo se importa.
Jesus diz:
Eu sou a verdade
Que apaga a mentira com sinceridade.
Jesus diz com insistência:
Eu sou a vida
Que dar sentido a lida.
Jesus diz:
Eu sou o bom pastor
Que livra a ovelha do impostor.
Jesus diz frequentemente:
Eu sou a videira
Que não age com brincadeira.
Jesus diz:
Eu sou a ressurreição
Que protege da condenação.
NASCI PARA TE CONHECER
Nasci para te conhecer
Nasci para te ver.
Nasci para te encontrar
Nasci para te amar
Nasci para te conquistar.
Nasci para te arguir
Nasci para te atrair
Nasci para te nutrir
Nasci para te sentir.
Nasci para te receber
Nasci para te oferecer
Nasci para te merecer
Nasci para te compreender
Nasci para te atender.
Nasci para te suportar
Nasci para te confortar
Nasci para te consolar
Nasci para te completar
Nasci para te agarrar
Nasci para te amarrar.
Nasci para te usufruir
Nasci para te construir
Nasci para te fruir
Nasci para te fluir
Nasci para te distrair
Nasci para te competir
Nasci para ti.
Nasci para te conhecer
Nasci para te ver
Nasci para ti.
DURO DE MORRER
Armando é um indivíduo danado
Ele adora farrear
Ama farra
Ama fava
E a Flávia.
Certa vez Aramando pulou de cima dum telhado
Quebrou a perna
Quebrou o braço
Ficou um bagaço
Mas não morreu.
Outro dia Armando levantou o pneu da moto no meio da rua
Gosta de se mostrar
Caiu no meio-fio
Bateu a cabeça
Escapou por um fio
E não morreu.
Faz somente um mês que Armando nadava no açude
De repente afogou-se
Ele aperreou-se
O primo dele o salvou
Por um triz
E quase foi a óbito.
Armando já sofreu até de câncer
Mas como era início da doença
Ele fez tratamento
Tomou medicamento
E se livrou da morte.
Ontem mesmo o Armando levou um choque elétrico
Quando tocou num fio descascado
E embriagado
Voou longe
Bateu o nariz na ponta da mesa
Foi socorrido pela sua princesa
(Flávia)
E conseguiu sair vivo.
Costumam dizer por aí que pessoa ruim não morre facilmente
Mas tirei isso da mente
Depois que um anjo faleceu precocemente
Aqui nas adjacências.
ABRAÇÃO NOS CHILENOS
Grato ao Chile
Santiago
Com afago
Jamais apago
Da mente
A semente
Que leu
Que visualizou
A simples estrofe
Produzida por mãos humildes.
O chileno viu meu pensamento
Viu o sentimento
Viu a estrofe
Mesmo sem limítrofe
Com o aroma brasileiro.
Felicidade é o termo exato para traduzir o gozo
Ao me deparar com o olhar chileno
Em linhas poéticas sul-americanas
As quais procuram ser bacanas
Ainda que o século seja briguento
Tão cruento.
Pego minha mão direita
Começo a batê-la com a esquerda
Como forma de gratidão ao povo do idioma espanhol
Por me olhar
Por me considerar.
Nem sei como será minha postura
Diante de gente importante
Gente elegante
Que brilha
Igual estrela.
domingo, 13 de agosto de 2017
ÍNDIA
Dirijo-me ao segundo país mais populoso
Um país fascinante
Uma nação de pessoal estudioso
Povo amante
Dos livros
Da leitura
Da literatura
Da escritura.
Conquistar os indianos
Puxá-los aos meus simples rabiscos
É a maior vitória
Que fará história.
Fico boquiaberto ao saber que os indianos
Utilizam dez horas e quarenta e dois minutos
De seu tempo semanal
Para a leitura de livros
E isso é extraordinário
Não acho no dicionário
Palavras para expressar
Para homenagear.
Hoje vi o sinal da Índia
Que visualizou meu verso
No Universo
Da rima
Quanto clima!
Quando vejo a imagem indiana
Relembro da índia brasileira
A qual atiçava a brasa da fogueira
No período da escravidão
Da opressão.
Tomo o exemplo da nação indiana
E serei mais leitor
Mais escritor.
Um país fascinante
Uma nação de pessoal estudioso
Povo amante
Dos livros
Da leitura
Da literatura
Da escritura.
Conquistar os indianos
Puxá-los aos meus simples rabiscos
É a maior vitória
Que fará história.
Fico boquiaberto ao saber que os indianos
Utilizam dez horas e quarenta e dois minutos
De seu tempo semanal
Para a leitura de livros
E isso é extraordinário
Não acho no dicionário
Palavras para expressar
Para homenagear.
Hoje vi o sinal da Índia
Que visualizou meu verso
No Universo
Da rima
Quanto clima!
Quando vejo a imagem indiana
Relembro da índia brasileira
A qual atiçava a brasa da fogueira
No período da escravidão
Da opressão.
Tomo o exemplo da nação indiana
E serei mais leitor
Mais escritor.
sábado, 12 de agosto de 2017
PRA QUE EXASPERAR-SE?
Fique tranquilo
Perca um quilo
Evite exasperar-se
Viva mais
Mais saudável.
Pra que irritar-se?
Isso faz um mal
Esteja normal
Respire fundo
Esqueça o mundo.
Prossiga ereto
Seja reto
Busque ser correto
Por que enfurecer-se
Maltrata o músculo
Do coração
Da emoção.
Quer viver mais?
Então não se exaspere
Encha o pulmão
Aperte minha mão
Receba energia
E o hormônio da alegria.
Vive-se uma unica vez
Foi-se o mês
E busco longevidade
A longa idade
Que exige saúde
Não exasperação
Depressão
Alteração
Hipertensão.
PESCA
Faz uma semana e meia
quando fui pescar no rio
pus a isca
(o sol pisca)
joguei o anzol
pra puxar o bodó
e veio um pneu.
Novamente lancei o anzol na água
com intuito de arrancar uma sardinha
ou tainha
e de repente
para minha surpresa
veio uma latinha.
Fiz mais outra tentativa
empurrei o anzol no leito
sonhando com cará
mas me deparei com crachá.
Pus de novo a vara do anzol no líquido fluvial
imaginei uma traíra
só que pesquei uma bacia
e cia
(companhia).
Como sou teimoso
meti o anzol mais uma vez nas águas
jurando sair um bonito jacundá
todavia me veio um abadá
ou sei lá...
parecia com alguidar.
Cheguei em casa
perguntaram pelos peixes pro jantar
contei dos objetos pescados
narrei sobre os utensílios achados
e riram da minha cara dizendo:
- Tu é doido?
A gente pesca no rio
e não em loja...
Depois descobri que o rio é poluído
os peixinhos morreram
eles adoeceram
eles pereceram.
PROCURO SER RESILIENTE
Não sou perfeito
Sinto dor no peito
Mas procuro ser resiliente.
Nem sou anjo
Tampouco arcanjo
Mas procuro ser resiliente.
Não sou o super-man
Não sou o He-man
Mas procuro ser resiliente.
Nunca fui feito de ferro
Dou um berro
Mas procuro ser resiliente.
Sou frágil
Pouco ágil
Mas procuro ser resiliente.
Não tenho casas
Nem asas
Mas procuro ser resiliente.
Sou sensível
Sou flexível
Mas procuro ser resiliente.
O QUE SEI FAZER E O QUE NÃO SEI
Positivamente eu sei
ler
escrever
ensinar
aconselhar
ouvir
dividir
compor
supor
(...)
Negativamente eu não sei
xingar
brigar
perder
feder
mentir
trair
depor
decompor.
ler
escrever
ensinar
aconselhar
ouvir
dividir
compor
supor
(...)
Negativamente eu não sei
xingar
brigar
perder
feder
mentir
trair
depor
decompor.
MEUS PÉS JAMAIS PISARAM NO SOLO DE PARIS...
Engraçado o poder de viver
A gente não consegue pôr os pés noutro lugar
A não ser que vá
Até lá
Para provar
Para pisar.
Por exemplo tenho a lindíssima Paris
Onde meus pés nunca foram
Portanto meus olhos foram
Através de livros
De revistas
De jornais
De navegadores...
Meus olhos conhecem a torre parisiense
Tão bem quanto sabem da capital cearense
Entretanto os meus pés jamais tiveram o gostinho de...
Tocarem o solo estrangeiro
O território alheio
Do mundo francófono.
No dia em que meus pés receberem a carta de alforria
Ou seja, receberem a liberdade
Então visitaremos a cidade
Que brilhou na Belle Époque
Que continua exalando o perfume
O bonito costume
O turismo
O otimismo.
CARRAPATO CHATO
Ontem à tardinha
Dei de cara com o tal carrapato
Grudado dentro do ouvido da cadela Baleia
Que vive se coçando com a pata
Quando vem do mato
Vem da caça
Roçando-se em minha calça.
Olhei dentro dos olhos do carrapato
Ele deu um salto
Dizendo ter horror a assalto
Então briguei com ele
Falei que crio também coelho
Mas viro cobra
Caso alguém venha roubar o sangue dos meus bichos.
O safado do carrapato pediu desculpas
Afirmou não ter culpa
De ter nascido hematófago
E passou na minha cara:
- Vá reclamar de Deus que me produziu assim!
Meio sem palavras
Quis eu revidar
Porém preferi me calar
E fui embora.
No dia seguinte...
Lá estava o carrapato parasita no buraco da orelha da pobre Baleia
A qual se espojava na areia
Lutando para retirar o sem-vergonha.
Chamei o senhor carrapato pra luta
Foi enorme a disputa
Ao me agarrar com o pescoço dele
Espremi o corpo dele
Jorrou o sangue canino
- Arre! Quanto nojo!
Dei-lhe a maior surra dos últimos tempos
Esbofetei a cara do covarde
Todavia até hoje minha pele arde
Da alergia que aquele desgraçado deixou.
Ainda assim não guardo mágoa
E vez por outra...
Encontro o carrapato chato
Chupando a orelha, o olfato
Da paciente Baleia
Que dorme na areia.
MORTO DE SONO
Estou eu tropeçando de sono
doido pra cair na poltrona
ou na cama.
Resisto ao sono
que não dar abono
mas engano.
Evito dormir
pois estou com a mente cheia
de ideias
não alheias.
Vou tentar esvaziar a cabeça
vou jogar os ideais numa latinha
quem sabe numa caixinha
a fim de cochilar.
Confesso que estou morto de sono
porém não pregarei os olhos
enquanto houver letras em meu cérebro
célebre.
Vou despejar os versos que enchem a cuca
pois preciso descansar
- Ufa!
ACREDITE SE QUISER
... Ano mil novecentos e sessenta e nove...
Foi quando contraí a desgraça para a minha vida
Ou melhor dizendo: Peguei o vírus HIV
E foi-se o prazer de viver
Só pensava logo em morrer.
Depois que eu soube da má notícia
Ou seja, soube que era soropositivo
Tornei-me abatido
Deixei de ser ativo
Perdi o gosto pela existência
E só vivia febril
Por culpa das doenças oportunistas.
Caí com criptococose
Sei lá...
Acho que foi tuberculose
Toxoplasmose
Candidíase
Citomegalovírus
Ou pneumonia
Não sei...
Só sei que fiquei tão frágil a ponto de cair pelo chão sem forças
Derrubando as bolsas
Nas calçadas
Das avenidas.
Desmaiei com insuficiência respiratória
E mudou completamente a minha história
Quando passei a viver como esqueleto
Como um graveto.
Passei a ter insônia
Falta de apetite
Sensação de labirintite
Depressão
Opressão
Delírio
Desejo de suicídio...
Sem sabor a vida sucumbira
E me chamaram de embira
Por ser uma caveira
Com ausência de cabeleira.
... Ano mil novecentos e oitenta e cinco...
Aparece um conferencista nacional
Quer dizer: Internacional
(Um missionário)
O qual realiza uma oração a Deus por mim
E ele disse dessa maneira:
- "Vírus maldito da aids
Vá embora desse sangue agora
Por que tu és submisso à vontade do Criador
Que é curador".
Após a oração feita em nome de Cristo
A febre viajou
O vírus desalojou-se
O coquetel férias tirou
A medicina admirou-se
O milagre concretizou-se
E hoje estou aqui
Vivo
Vivo.
SOU INVESTIGADOR
Sou detetive
Active
Da elite
E faço blitz.
Fito o olhar
No povo da fila
No pessoal da vila
Procurando pista
Para anotar
Para digitar.
Investigo pés
Investigo fés
Investigo olhos
Investigo molhos.
Fique ciente
Quando eu te mirar
Não vou te roubar
Mas apenas estudar
Algum traço
Algum laço
Para escrever.
Num dia desses
Num desses encontros casuais
Bilei a postura feminina
Depois a pobre menina
Correu em busca do segurança
O qual descobriu que sou investigador
Isto é, escritor.
Investigo alma
Investigo com calma
Investigo palma
Investigo orelha
Investigo ovelha.
Caso eu me encontre contigo
Saiba que sou seu amigo
Pois quero somente te estudar
Logo após registrar
Depois divulgar.
Active
Da elite
E faço blitz.
Fito o olhar
No povo da fila
No pessoal da vila
Procurando pista
Para anotar
Para digitar.
Investigo pés
Investigo fés
Investigo olhos
Investigo molhos.
Fique ciente
Quando eu te mirar
Não vou te roubar
Mas apenas estudar
Algum traço
Algum laço
Para escrever.
Num dia desses
Num desses encontros casuais
Bilei a postura feminina
Depois a pobre menina
Correu em busca do segurança
O qual descobriu que sou investigador
Isto é, escritor.
Investigo alma
Investigo com calma
Investigo palma
Investigo orelha
Investigo ovelha.
Caso eu me encontre contigo
Saiba que sou seu amigo
Pois quero somente te estudar
Logo após registrar
Depois divulgar.
sexta-feira, 11 de agosto de 2017
QUERIA ME DESPEDIR, MAS... NÃO DEU TEMPO
Suzana vivia como cão e gato
Sempre se pegava com a irmã
Sempre arranhava o rosto da irmã
A qual morreu intrigada
Tão odiada.
Assim que Suzana soube da morte da irmã
Saiu desesperadamente ao encontro dela
Pois gostaria de pedir perdão
De coração.
Quando Suzana viu o corpo de sua irmã jazido no caixão
Ela pensou logo na condenação
E queria ter recebido pelo menos uma ligação
Para despedir-se...
Agora é tarde demais
Resta apenas remorsos
E a irmã vai ficar somente os ossos
Debaixo do chão.
Suzana puxa os cabelos da cabeça
Berra
Berra
Berra...
Enquanto havia vida
Havia também oportunidade de reconciliação
Mas agora tine o som da separação
Da eternidade
Da saudade.
Por isso que sempre repito:
- Aproveite o momento presente
Não fique ausente
Dê presente
E abrace, beije, aperte o corpo de alguém que tu amas
Pois daqui a dez minutos
Não sabemos se...
CADA QUAL NO SEU DEVIDO LUGAR
Meu saudoso pai já dizia:
"Cada macaco no seu galho"
E sem te dar trabalho
Vou escrever mais uma vez
Com carinho.
Estivemos recentemente em uma boda
E lá pude perceber os grupos presentes
Com seus respectivos componentes.
Vi as crianças reunidas
Elas estavam unidas
Elas brincavam
Elas gritavam
Enquanto outras choravam
Ou soluçavam.
De outro lado estavam as adolescentes
As meninas que caminham pra juventude
Elas comentam sobre suas diversas atitudes
Falam de namorico
Com o Frederico.
Na calçada encontravam-se os mancebos
Isto é, os rapazes que adoram paquerar
Estes só falam em "ficar"
Outros pensam em casar
Mas... Sem trabalhar?
- Não dar.
Na saleta conversavam as mulheres mais novas
Elas diziam prosas
Outras davam gargalhadas
Ao verem as vacas malhadas
Pastando perto do rio Waskofrajocys
O qual demonstra suas águas mágicas
Ou encantadoras.
Debaixo do alpendre ficavam os machos mais maduros
Citando piadas
Sobre as piabas
Sobre as cobras
Sobre as cabras
Sobre as cordas
E várias cenas macabras.
Na cozinha lutavam umas empregadas
Com as mãos calejadas
As pregas do olho enferrujadas
Porém sorriam
Corriam
De um lado para outro
Tentando aprontar o prato
De pato.
No sofá ficaram sentadas as velhinhas
À luz de velinhas
Mastigavam tapioca
Com suco de maracujá
E fofocavam acerca de Manuela que tem medo de minhoca
Também de gato maracajá.
Pude observar que...
Cada qual se sente à vontade
Com o pessoal de sua idade
Da mesma faixa etária
E quem é otária
Pra discordar?
quinta-feira, 10 de agosto de 2017
MEU PRIMEIRO DIA DE VIDA
Evidentemente
A gente
Não lembra do dia em que nasceu...
Só que posso imaginá-lo
Pesquisá-lo.
Nasci numa terça-feira
Num dia denominado dez
E ainda não existia a feira
Na qual vende-se frutas
Aqui em frente de casa.
Nasci no mês de abril
Quando o dia abriu
O sol sumiu...
Vim ao mundo sem saber de nada
Inocentemente cheguei chorando
E acho que foi... estranhando
A terra desconhecida
Diferente do ambiente uterino.
Em meu primeiro dia de vida
Houve festança das árvores
Houve festejos das aves
Cantando
Dançando
Pela chegada dum leitor
E escritor.
Meu primeiro dia de vida foi show
Pois estive longe de problemas
Nem andar eu sabia
Mas apenas voava igual sabiá
Nos braços de alguém.
Não relembro o ano do dia do meu nascimento
(risos)
Sei que meus pais compraram cimento
Para a construção do meu quarto
Após o parto.
Você já parou alguma vez para lembrar o dia em que vieste ao mundo?
Entendo que aqui existe o sistema imundo
Mas... nós enfrentamos tudo de cabeça erguida
Até sarar a ferida.
A gente
Não lembra do dia em que nasceu...
Só que posso imaginá-lo
Pesquisá-lo.
Nasci numa terça-feira
Num dia denominado dez
E ainda não existia a feira
Na qual vende-se frutas
Aqui em frente de casa.
Nasci no mês de abril
Quando o dia abriu
O sol sumiu...
Vim ao mundo sem saber de nada
Inocentemente cheguei chorando
E acho que foi... estranhando
A terra desconhecida
Diferente do ambiente uterino.
Em meu primeiro dia de vida
Houve festança das árvores
Houve festejos das aves
Cantando
Dançando
Pela chegada dum leitor
E escritor.
Meu primeiro dia de vida foi show
Pois estive longe de problemas
Nem andar eu sabia
Mas apenas voava igual sabiá
Nos braços de alguém.
Não relembro o ano do dia do meu nascimento
(risos)
Sei que meus pais compraram cimento
Para a construção do meu quarto
Após o parto.
Você já parou alguma vez para lembrar o dia em que vieste ao mundo?
Entendo que aqui existe o sistema imundo
Mas... nós enfrentamos tudo de cabeça erguida
Até sarar a ferida.
O MAIS NOVO ORTORÉXICO
Diego vive uma busca obsessiva por regras alimentares
pois tenta manter uma dieta
que considera correta
na reta.
Ele gasta horas e horas pensando numa alimentação saudável
a maioria dos alimentos é detestável
e quase nada mais é amável.
Ele exclui sal
açúcar
corantes
conservantes.
Diego sofre com distúrbio de comportamento alimentar
a fome não deseja matar
parece que vai desmaiar
de fraqueza.
A vida de Diego se resume em jejum
pois evita jerimum
evita biscoito
bacon
bife
milk
bisteca
etcetera.
Todo alimento é impuro
mas depois está em apuros
só os ossos
caindo pelas calçadas
alagadas.
Diego é o mais novo membro do país da ortorexia
onde conhece-se a anemia
a avitaminose
a psicoterapia
a terapia nutricional
o isolamento social
(...)
quarta-feira, 9 de agosto de 2017
ALGO INEXISTENTE
Sabe aquilo que não existe?
Pois bem...
É algo inexistente
Alguma coisa alheia à mente
Um mistério
Mais poderoso do que império.
Refiro-me a certa imaginação
Apenas projeto
Que tem trajeto
Todavia
Não tem vida
Nem lida.
Do que será que este maluco está falando?
Meu Deus...
Fico doido também ao ouvir o enigma
O paradigma
A força maligna
Algo sem nexo
Tão complexo.
Como é complicado descrever algo inexistente!
Pois dar dor-de-cabeça
Talvez eu adoeça
E jamais cresça
No mundo secreto
Bem discreto.
Quando eu ainda não existia...
Alguém deve ter pensado em mim
Mesmo sem saber de nada
Que nada!
Não revelarei o algo inexistente
Pelo seguinte motivo:
"Não existe".
Por que você insiste?
Não existe
Ainda.
Pois bem...
É algo inexistente
Alguma coisa alheia à mente
Um mistério
Mais poderoso do que império.
Refiro-me a certa imaginação
Apenas projeto
Que tem trajeto
Todavia
Não tem vida
Nem lida.
Do que será que este maluco está falando?
Meu Deus...
Fico doido também ao ouvir o enigma
O paradigma
A força maligna
Algo sem nexo
Tão complexo.
Como é complicado descrever algo inexistente!
Pois dar dor-de-cabeça
Talvez eu adoeça
E jamais cresça
No mundo secreto
Bem discreto.
Quando eu ainda não existia...
Alguém deve ter pensado em mim
Mesmo sem saber de nada
Que nada!
Não revelarei o algo inexistente
Pelo seguinte motivo:
"Não existe".
Por que você insiste?
Não existe
Ainda.
segunda-feira, 7 de agosto de 2017
HAICAI
O haicai é de origem japonesa
Mas fez amizade com a língua portuguesa
E conseguiu espalhar a concisão
A precisão
A objetividade
A claridade.
O haicai adora economizar vocábulos
Busca os arcanos encabulados
Busca os elementos da natureza
Inclusive as estações do ano
Com sua beleza
Brincadeira
Baladeira
Realização
Comoção
Atração.
O haicai possui simplesmente três versos
O primeiro e o terceiro são pentassilábicos
O segundo é heptassilábico
E juntos fazem a festa
Bem na nossa testa.
A PENA DO PARDAL
O pardal voara do galho da goiabeira
Deixando seu ninho
Com uma pena.
Mas o que é uma pena?
Para você poderá ser insignificante
Porém eu acho algo elegante.
Já que não posso possuir o pardal inteiro
Usufruo da beleza de sua pena
A qual me inspira a criar uma cena
Depois uma estrofe.
Pego a pena entre os dedos da mão esquerda
Ponho-a entre o pelo da cabeça e a orelha direita
Daí me olho no espelho da varanda
E parece que o tempo anda
Anda, anda, anda
Sem paradeiro
No braseiro.
Rodopio ao redor do pé de goiabeira
Talvez o pardal retorne
Para que eu o devolva a pena
Que pena! Ele foi-se de vez
Não virá outra vez.
Passo a caducar com a pena
Enfio-a no orifício do ouvido esquerdo
Sinto cócegas
E de cócoras
Morro de saudades
Das tardes
Onde brinquei com o pardal
Ao som do seu cântico
Aqui perto do pântano.
Assinar:
Postagens (Atom)
MEDO DE MIM MESMO....
Olho-me no espelho fico espantado tão assustado. Corro para o quintal olho-me em outro espelho e lá vejo o mal. Repito a olhada do espelho...
-
Sou matemático pensei que já sabia de tudo sobre minha área porém desconhecia os números palíndromos os quais passaram a ser ídolos ou sej...
-
Minha família conhece uma certa mulher que tem sono todo minuto todo segundo do mundo. A mulher dorme a noite toda acorda pela manhã ab...
-
Você desapareceu do mapa Deu um chá de sumiço Fugiu sem avisar Foi-se... Um mês sem te admirar Estou de castigo Chiclete mastigo Tentando ...