sexta-feira, 26 de maio de 2017

QUATROCENTOS POEMETOS




De grão em grão a galinha enche o papo
de letras em letras o escritor enche o saco
de palavras em palavras o leitor espanta o vácuo
de frases em frases nós, em conjunto, tapamos o buraco
da camada de ozônio.

Aos pouquinhos
escrevo quatrocentos poemetos
acerca dos porquinhos
a respeito dos refains
sobre os anaquins
relacionados aos pinguins
aos benjoins
aos serafins
aos querubins
aos curumins.

Não são quarenta poemetos
são quatrocentos
depois quinhentos
logo após seiscentos
depois setecentos
oitocentos
novecentos
mil
milhões
bilhões
trilhões.

O que mais me importa não é a quantidade
e sim a qualidade
em escrever com sinceridade
simplicidade
para leigos
para gregos
para sábios
para sírios
para círios
para cílios.

São quatrocentos passos rumo ao ápice
usando caneta, papel, pincel, teclas, mouse, pena, lápis...
Nada consegue obstruir o sangue poético que escorre nas veias
e consegue alcançar as psiques alheias
lá na Bósnia
quanto na Califórnia.




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