Eu me agacho...
Fico cabisbaixo
e nada engraçado acho.
De cócoras estou abaixo
não racho
nem me rebaixo.
Humilhado arregaço
o frágil tacho
do despacho
lá embaixo.
Abatido disfarço
sou baixo
nada faço
desfaço
o trabalho com aço.
Prossigo cabisbaixo
só o pedaço
um laço
um maço
masso
em março.
Pareço o cacho
sem água do riacho
perto da casa do Márcio
eu me despedaço
eu me esbagaço
amarrando o cadarço
e admirando Pablo Picasso.
Fui ao recinto do Cássio
lá vi o fruto do porongo ou cabaço
lá comi bagaço
vi cangaço
sofri do baço
quebrei o braço
topei contigo e seu traço
e deixei de viver cabisbaixo.
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