O anjo tocou a primeira trombeta:
Pragas foram lançadas
Plantas foram queimadas
A terça parte carbonizada
Pelo fogo
Misturado com sangue
Pela saraiva
Que raiva!
O anjo tocou a segunda trombeta:
O oceano virou sangue
Por favor! Não se zangue
Nem mangue
Pois é sério
Quando some o império
Quando some a terça parte
Dos animais marítimos
E neste ritmo
Através do fogo
Morre o polvo
Meu povo!
O anjo tocou a terceira trombeta:
Caiu a estrela Absinto
E já sinto
Os homens gemendo
Os homens perecendo
Por causa das águas amargas
Águas fluviais contaminadas
A terça parte ameaçada
Pelo ardor
Da tocha
Que terror!
Que horror!
O anjo tocou a quarta trombeta:
Houve total escuridão
O dia fez greve de luz
O sol doou a negridão
A lua já não mais reluz
Quando a terça parte dos astros
Esconderam seus rastros.
O anjo tocou a quinta trombeta:
Foi grande a queda de outra estrela
Ela abriu o poço do abismo
Do abismo saiu fumaça
Da fumaça surgiram gafanhotos
Gafanhotos parecidos com escorpiões
Escorpiões atormentadores de homens
Homens sem o sinal de Deus na testa
Homens que não prestam
Homens que idolatravam bacanais e festas.
O anjo tocou a sexta trombeta:
Aparecem duzentos milhões de cavaleiros
(Que não parecem cavalheiros)
Os quais montavam cavalos assustadores
Acho que vai assombrar os expectadores
Da boca desses animais saía fogo, fumaça, enxofre...
E lamentavelmente morreu a terça parte dos seres humanos
Nuestros hermanos!
O último anjo tocou a sétima trombeta:
Houve o anúncio de que o mundo tornou-se o reino de Cristo
E quando os vinte e quatro anciãos souberam disto
Prostrados adoraram ao Criador
Então abriu-se no céu o templo de Deus
A arca do concerto foi vista pelos seus
Enquanto clareavam os relâmpagos
Aconteceram terremotos
Como se fossem remotos
Ouviam-se vozes
Metamorfoses
Barulho de trovão
Haja coração!
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